Foram dois Grêmios na vitória de 3 a 2 sobre o Juventude: no primeiro tempo, o Grêmio da esperança; no segundo, em boa parte dele, o Grêmio dos pesadelos, do medo de rebaixamento.
Gostei do Grêmio do primeiro tempo porque estava mais organizado, mais equilibrado, criativo e com lampejos do time armado por Renato Portaluppi para a conquista da Copa do Brasil e do Tri da Libertadores.
Claro, falta o talento de algumas individualidades que desequilibravam, como Luan e Douglas, e que tinha uma zaga quase imbatível. Geromel e Kannemann têm feito muita falta, como hoje mais uma vez.
Foi só Kannemann sair, no intervalo, que o sistema defensivo começou a fraquejar. O Juventude fez dois gols. O segundo foi nos acréscimos, restando pouco tempo para o Ju buscar o empate. Mas bateu um pavorzinho…
Rodrigues entrou mal no jogo e comprometeu. Por sorte, Geromel está melhor e em poucos dias deve voltar. Aleluia!
O Grêmio tinha seis mudanças em relação ao time da última rodada. A repercussão nas redes sociais não poderia ser pior. Sobrou principalmente para Alisson e Diego Souza, e até para Douglas Costa, em menor intensidade.
Pois os três silenciaram as cornetas. No primeiro gol, lançamento de Jean Pyerreu para Alisson cabecear. No rebote, Douglas Costa mandou para a rede. Intensa vibração na casamata e nas arquibancadas, ocupadas por 15 mil torcedores.
Em seguida, dois minutos depois, Diego Souza, que realmente está acima do peso, apanhou rebote e fez o segundo. Logo no começo do segundo tempo, Villasanti fez seu primeiro gol com a camisa tricolor. Foi um gol de jogada trabalhada com inteligência pelo paraguaio e por Rafinha. Um gol ‘desenhado’ pelos dois. Foi aí que eu lembrei do time de Renato.
Em resumo, gostei do que vi no primeiro tempo e em parte do segundo. Mancini, com um treino e muita conversa, fez um esboço de uma nova cara para o time.
Agora, ele tem uma semana para ajustar melhor as peças para que mantenham um padrão de jogo mais uniforme durante os 90 minutos. O próximo jogo será segunda-feira, dia 25, em Goiânia, contra o Atlético-GO, que hoje bateu o Atlético Mineiro, quebrando a invencibilidade do líder.
Quer dizer, uma pedreira.