Rafinha parece ser a nova Geni para o pessoal da Band/RS jogar suas pedras. Já foi o Renato, que sempre respondeu à altura, e por vezes até com um tom acima. Agora, é Rafinha, coincidência ou não, indicado por Renato.
Cheguei à conclusão de que Rafinha é o novo alvo, ou o principal, ao assistir ao programa ‘Os donos da bola’, nesta quarta, dia 20 de outubro.
Quem atirou a primeira pedra foi justamente o apresentador, o jornalista Leonardo Meneghetti, um baita profissional com quem tive a o honra de trabalhar na editoria de esportes do Correio do Povo, no século passado.
Logo na abertura do programa Meneghetti afirmou:
-Rafinha é uma liderança que não é saudável, e que muitas vezes é negativa dentro do vestiário do Grêmio.
Esta frase remete à outra informação (mais intriga que qualquer coisa), oriunda do ex-Band Chico Garcia, logo repetida por Meneghetti, segundo a qual Felipão ao deixar o cargo teria pedido ao presidente Romildo Bolzan, a cabeça de Diego Souza e… Rafinha.
Curioso, Felipão esperou ser demitido, ou pedir demissão, para fazer o que deveria ter feito antes, ainda a tempo de tomar providências e ajustar o time sem essas figuras que, supostamente, estariam boicotando o seu trabalho com uma conduta antiprofissional. Felipão silenciou, deixou pra falar apenas no dia de sua partida. Duro de acreditar!
O que me ocorre é que os dois caíram de rendimento como todo o time, com Rafinha colaborando com o técnico e aceitando jogar na lateral-esquerda para Felipão escalar Vanderson. Quer dizer, ele teve humildade e se esforçou como os outros jogadores, nem mais nem menos.
Ainda sobre o programa, Meneghetti reiterou que Rafinha é uma liderança que não faz bem para o grupo. Os demais debatedores fizeram coro ao que o chefe dizia com tanta ênfase. Apenar o repórter JB ousou contrariar o chefe.
Não concordou, por exemplo, quando Meneghetti sustentou que Rafinha na entrevista coletiva na terça discursou como dirigente, não como jogador, e que errou ao dizer que um time mais maduro neste momento é importante.
Em resumo, uma tentativa de colocar cascudos contra os jovens.
Ora, Vagner Mancini está escalando os jovens da mesma forma que seus antecessores. O problema é que poucos deram uma resposta positivia. Os que souberam aproveitar as oportunidades estão jogando. É o caso de Vanderson, Ferreira, Ruan, Rodrigues, Brenno e Chapecó. São os que mais aparecem.
Então, não há tanto guri assim pedindo passagem, confirmando que Renato tinha razão ao ser criterioso e cauteloso no lançamento dos jovens, contrariando a campanha “us guri”. A maioria teve chance neste ano, poucos restaram.
Por fim, a questão é que explorar a manifestação de Rafinha, liderança positiva de sucesso na Europa, contribui para desestabilizar o grupo e pode afetar o esforço para escapar do rebaixamento.
Algo que ninguém quer. Ou quer?
Esta é uma luta que deveria ser de todos, inclusive dos colorados da crônica esportiva.