Grêmio tenta mais uma vez decolar no Brasileiro

Dois meses atrás, mais exatamente no dia 29 de agosto, eu escrevi que o Grêmio só escaparia do rebaixamenteo se as contratações anunciadas como reforço para o Brasileirão dessem uma resposta muito positiva.

A direção do Grêmio foi às compras e trouxe três jogadores muito mais ou menos: Borja, Villasanti e Campaz. O que mais prometia, Campaz, é o que menos futebol mostrou.

Nesta quarta, em Minas, o Grêmio tenta mais uma vez decolar na competição. O problema é que o adversário lidera o campeonato e precisa da vitória. O Atlético vem com tudo contra o time de Mancini.

Já contabilizo outra derrota. Mas vou assistir ao jogo, porque a gente sempre acredita que a qualquer momento dê um estalo e o time acorde para a vida.

Mas, na verdade, eu já joguei a toalha.

Vejam o que escrevi no blog há dois meses:

“Dias atrás eu escrevi que o Grêmio só não cairia se as contratações anunciadas dessem resposta de alto nível, jogadores realmente capazes de fazer a diferença. Os três, digamos, reforços, até agora foram discretos, opacos, no momento em que o time precisa de talentos individuais.

Borja, Villasanti e Campaz, pelo que mostraram até agora, são medianos. Está certo que a mostra ainda é pequena, não dá para tirarmos conclusões definitivas, mas já sinalizam alguma coisa.

Borja, que era o mais conhecido de nós, é um centroavante dependente da qualidade dos companheiros, em especial dos ‘pontas’ e dos meias. Não gosto desse tipo de jogador parasita, incapaz de um drible. Ontem, perdeu um gol no seu forte, o cabeceio.

Villasanti é um volante/meia, um Luiz Carlos Goiano, conforme definiu Felipão, que ainda busca um ‘Roger’ para a lateral-esquerda, onde o carimbador Rafinha busca preencher o espaço, mas parece mais preocupado em discutir com a arbitragem. Faz caras e bocas de indignação.

Mas voltando ao Villasanti, tem tudo para ser o titular, mas não é o cara capaz de resolver uma partida numa bola enfiada, um drible, um chute de fora da área. Enfim, o Grêmio precisa mais do que ele apresentou.

Campaz, dos três, é o que aparentou em um jogo e meio ter potencial para ser o jogador que rompe paradigmas dentro do jogo, rompendo as linhas, como costumam dizer comentaristas, técnicos e jornalistas. Até agora não rompeu coisa alguma. Potencial ele tem, se movimenta, é inquieto, briga pela bola, e até parece se dar bem com ela. Mas contra o Corinthians ele foi insuficiente para o que o time tricolor precisa para escapar do inferno que é esse Z-4.

Enfim, em resumo, se Villasanti e Campaz não jogarem bem mais no ‘terço ofensivo’ (outra expressão dos tempos atuais), o Grêmio não escapa da queda. Nem mesmo se Douglas Costa se recuperar e voltar a ser uns 80% do que um dia foi o Grêmio escapa.

Não, não vou rezar. Deus tem coisas mais importantes para resolver.”

PRÊMIO PRESS

Agradeço pelo apoio de todos aqui do blog. E pelos cumprimentos por estarmos entre os cinco na categoria Jornalista de Internet.

Sem falsa modéstia, o ponto alto do blog são os comentários de vocês.

Eu sou como aquele comediante que faz escada para o colega mais talentoso fazer a plateia ria.

Um agradecimento especial ao Copião de Tudo, incansável coordenador da campanha que já considero vitoriosa.