A equipe de transição e o desafio de vencer e convencer

Sempre que vejo esses jogos com o Grêmio jogando com ‘equipe de transição” fico com uma sensação de perda de tempo. Os dois primeiros jogos pelo Gaúchão 2020 reforçaram esse sentimento. Foram duas atuações que me fizeram lembrar o genial Barão de Itararé: “De onde menos se espera daí mesmo é que não sai nada”.

Infelizmente, há uma tabela a ser cumprida. Não tem escapatória, como a gente dizia antes de uma prova daquelas de ‘ralar’ no colégio Castelo Branco, em Lajeado. O Grêmio precisa entrar em campo.

E a tal equipe de transição me parece a melhor solução pelo menos nas duas ou três rodadas iniciais, deixando para a equipe titular salvar a pátria, como aconteceu em 2018 (conforme lembrou o atento interino Copião de Tudo), quando “us guris” fizeram 1 ponto em 12. Aliás, daquela geração acho que não restou ninguém, com exceção do Pepê.

Bem, o time atual está sendo superior em termos de resultado: 4 pontos em 6. O empate com o Brasil foi injusto. O time criou situações importantes de gol e, a meu ver, foi melhor na partida, mas voltou a sofrer com a falta de perícia e nervosismo nas conclusões.

Não é fácil para um guri cheio de esperança jogar sabendo que seu futuro está em jogo a cada oportunidade que recebe. Uma coisa é certa, no futebol a resposta dos jogadores precisa ser imediata. Não há tempo, a fila anda, e tem gente chegando aí para brigar por um espaço. Um espaço que será ocupado por uns poucos: dois ou três a cada temporada.

Sobre o time atual de transição, que, a rigor é formado por jogadores que não foram tão bem logo que subiram. Tiveram minguadas oportunidades e não as aproveitaram. É o caso de Rildo, que acabou sendo emprestado ao Brasil de Pelotas. Voltou mais preparado e está dando boa resposta.

Então, não tem como exigir, ou esperar, um futebol melhor dessa gurizada. O fato é que do elenco que vem jogando no máximo uns dois ou três poderão subir para o time principal, o que não significa titularidade.

Não vou fazer análise individual dos jovens.

Pelo que vi até agora, não vejo nenhum em condições de ser titular e render um bom dinheiro ao clube, como aconteceu com Arthur, Pedro Rocha, Éverton, até porque o Mestre Renato Portaluppi não está mais aqui para ensinar os segredos e macetes de atacante para os iniciantes.

Uma pena, porque Elias, Rildo e Pedro Lucas – os mais promissores do meio para a frente- teriam muito a ganhar, e o Grêmio também.

A QUEM INTERESSAR POSSA

Tive um problema sério no dedo indicador da mão esquerda (já ouvi todas as piadas a respeito, KKK). Uma infecção que está praticamente curada. Nunca imaginei que esse dedo fosse tão importante, tão útil. Amanhã encerro com o antibiótico. Vamos ver como fica.

JEAN PYERRE

JP tinha tudo para dar certo. Recebeu calorosos elogios de Tostão e outros do centro do país. Seria o novo camisa 10 da Seleção.

Agora, vai tentar a sorte na Turquia. Lá não tem mimimi. Nem carinho.

Profissionalismo puro, sem paternalismo e tapinha nas costas.

JP terá de mostrar serviço. Não vai ser fácil.

Ah, já vai tarde.

RACISMO

O caso de racismo vai ficar por isso mesmo? E a indignação da brava imprensa gaúcha? Fosse um jogador do Brasil a vítima eu tenho certeza que o fato teria outro tratamento. Triste, revoltante.

ANCHETA

O grande zagueiro uruguaio é cantor de boleros. Um ótimo cantor. Ele participa do programa The Voice, da Globo, para artistas com mais de 60 anos.

Neste domingo ele passou de fase, encantando os jurados.

Na torcida por ele.