O Grenal deste sábado, 19h, no Beira-Rio, pode servir para o técnico Roger Machado começar a provar que não é como um compositor de um sucesso só, um músico que se mantém fazendo pequenos shows pelo país escorado num êxito marcante, mas único.
Uma vitória sobre o velho rival, que anda num dilema existencial sem fim, servirá para Roger reforçar a imagem positiva que deixou em sua primeira passagem pelo Grêmio como treinador, e principalmente que é um técnico criativo, de repertório variado.
Foi sob o comando de Roger que o Grêmio me deu uma das maiores alegrias da minha vida: 5 a 0 no clássico 407, em 2015. Depois disso, algumas atuações antológicas, até vir o declínio que resultou em sua demissão.
Em seu retorno, Roger largou com uma goleada de 4 a 0 sobre o São Luiz, o que não significa muita coisa, mas também não é resultado/atuação de se desprezar.
Roger Machado é o favorito no duelo com o técnico Alexander Medina, que, se perder o clássico, terá de arrumar as malas.
O problema de Roger é que Leandro Vuaden apita, e com ele o Grêmio venceu apenas um Grenal até hoje. Vuaden não dá sorte para o tricolor. Assim como o VAR, que falha nos momentos cruciais a favor do Grêmio, como pênaltis, etc.
Enfim, caro Roger, não será fácil superar esses obstáculos, mas não podemos nos entregar, por mais que o futebol seja cada vez menos somente futebol.