Grêmio encaminha o título regional e ganha fôlego para projetar a série B

Encaminhada a conquista do ‘me engana que eu gosto’ com a vitória por 1 a 0 sobre o Ypiranga (informação relevante: nome do meu time de botão nos meus tempos de guri em Lajeado), neste sábado, em Erechim, o negócio agora é focar na principal competição que nos cabe neste latifúndio: a segundona, ou Série B.

Outra questão relevante: por que Ypiranga, se eu morava em Lajeado? Não sei, não me façam pergunta difícil. Acho, apenas acho como diria um amigo meu, que é por gostar do nome, e também para ser diferente. Meus adversários eram Grêmio, Inter, Botafogo, Santos, Lajeadense, etc. Ganhei de todos.

Mas voltando ao que interessa: o Grêmio fez um primeiro tempo promissor, passando a impressão de que está no caminho certo, que o técnico Roger acertou a mão na formulação da equipe. Essa impressão virou pó no segundo tempo, porque o Ypiranga teve condições de empatar. Considerando os dois tempos, o placar poderia ter sido uns 3 a 1 para o Grêmio.

Principal conclusão: o Grêmio tem um time para ficar entre os quatro da segundona, e talvez até de conquistar o primeiro lugar, mas esse mesmo time na série A brigaria para não cair de novo. E não seria por responsabilidade do treinador. Cabe a um técnico armar um time que crie jogadas de gol e saiba neutralizar as investidas do adversário. Foi o que Roger fez no primeiro tempo. Era para liquidar a fatura, mas aí o Grêmio voltou a ser Grêmio: perdeu chances demais.

O Grêmio tem uns problemas que me preocupam, pensando em confrontos contra equipes mais qualificadas: falta um lateral-direito, apesar do esforço de Rodrigues; o lateral-esquerdo ainda precisa ser mais testado.

Na frente, Elias parece estar guardando lugar para alguém mais lúcido e mais habilidade para driblar. Outro que não consegue jogar com inteligência é Campaz, que até cresceu de rendimento nos últimos jogos. Hoje, parecia que ele estava ‘de mal’ com Diego Souza. Bola longa quando DS pedia curta, e o inverso. Teve um lance em que DS baixou a cabeça e não olhou para o companheiro depois de um passe que nem Elias alcançaria.

Aos corneteiros do DS: concordo que ele precisa de movimentar mais, combater a saída dos zagueiros e dos alas. Gols e assistências? Não, isso é bobagem. Ah, por que não contratar alguém que faça isso? Perguntem para o Romildo. Ou perguntem no posto Ypiranga.

Vontade de gritar: “Fora Diego, vai fazer gols no Sport”.

Alerta: saindo Diego Souza, hoje, desmorona o time.Pensem nisso.

Ainda bem que o técnico tão venerado por muitos tem consciência da importância de DS para o time e para o grupo.

No mais, destaco acima de tudo o Lucas Silva. Que partida!!! Lembro que o companheiro Eduardo foi o primeiro, aqui na aldeia, a perceber nesse jogador as qualidades que o levaram ao Real Madrid. Gostei também do Santi. Parece que temos um meio campo titularíssimo.

Sobre o título do Gauchão, ninguém dá bola até a chegada no funil. Aí, todos querem ganhar. O Inter lutou mas continua na fila.

Grêmio confirma vaga na final em clássico que terminou com tumulto

A classificação do Grêmio à fase final do Gauchão foi chamuscada pela derrota por 1 a 0. Não entendi tanta comemoração gremista após o jogo, com os jogadores festejando no gramado como se estivessem numa decisão de Libertadores.

Nada disso, estava em jogo uma vaga para seguir no desprezado campeonato regional, que, como sempre acontece quando a Dupla está mal, vira troféu cobiçado.

Acompanhei nos últimos dias jornalistas esportivos e torcedores, que sempre desdenham o Gauchão, elaborando teses, fazendo cálculos e projetando uma final com este ou aquele time.

No final das contas deu a lógica: Ypiranga, que eliminou o Brasil, e o Grêmio, que eliminou o Inter. A decisão mesmo fica para a Arena.

Mortadela

Agora, isto se a Arena não for interditada, ameaça que existe a partir do tumulto ocorrido minutos depois do jogo, quando um ‘torcedor’, talvez estimulado por um sanduíche de mortadela, pediu briga e praticamente pediu para ser agredido, o que acabou acontecendo. A lamentar que alguns jogadores do Grêmio caíram na provocação.

Não duvido que tudo tenha sido planejado, a começar pela briga minutos antes do final envolvendo Ferreirinha e Bruno Mendez. Ambos expulsos, mas apenas o Grêmio foi prejudicado, já que Ferreira está fora do primeiro jogo.

Então, não duvido que essa pessoa que provocou confusão, ao que parece com crachá para estar ali, o fez com a intenção de atingir o Grêmio, ainda mais quando se sabe que o clube tem sido penalizado com mais rigor quando as questões envolvem o judiciário esportivo.

O jogo

O goleiro Brenno foi o melhor do Grêmio. Fez pelo menos uma grande defesa logo no começo do jogo, além de intervenções seguras. Sem culpa no golaço de Taison.

Já o goleiro colorado foi pouco exigido,

O Grêmio ficou longe de repetir a atuação dos 3 a 0. Se é verdade que Medina sofreu um nó tático do Roger Machado, também é válido afirmar que neste jogo aconteceu o contrário. Roger poderia ter armado o time para pelo menos não perder. O que fica: nos últimos 3 clássicos, duas vitórias do Inter.

O Roger poderia ter me livrado desse dissabor.

Sobre individualidades: Lucas Silva foi o melhor do meio de campo. Faltou-lhe melhor companhia. Gostei de novo do Rodriguez. Geromel nem se fala, e tem gente que o considera superado, decadente, etc,, ao mesmo tempo em que apoia a contratação de outro veterano, o Edilson, este sim em fim de carreira.

No mais, pouca eficiência do pessoal de ataque. Campaz foi o melhor, mostrando evolução a cada jogo.

Agora, essa derrota deixou um gostinho amargo, ainda mais para quem esperava uma goleada.

Grêmio faz um retumbante 3 a 0 e se aproxima do Penta do Gauchão

OS MELHORES LANCES, AO VIVO

Abrindo os trabalhos e registrando que gosto da escalação do Grêmio. Vamos ver se Roger organizou bem o time. Sobre o time colorado pouco sei a respeito das caras novas. Ah, de olho na arbitragem.

GOLAÇOOO

Aos 10 minutos, Elias Manoel escapa livre depois de receber um grande lançamento de Nicolas e chuta na saída do goleiro Daniel. 1 a 0

GOLAÇÇOOO

Aos 22, golaço de Bitelo, que arriscou de fora da área depois de uma saída de bola errada dos reds, do Cuesta pra variar.

Se é o Breno que toma um gol como esse cai a casa. Mas o guri chutou muito bem, sem medo de ser feliz.

A defesa colorada está perturbada.

Roger congestionou o setor defensivo. Campaz e Elias jogam como laterais quando o Inter tem a bola, e escapam de trás quando possível.

Chamou minha atenção a passividade do time gremista quando do cartão amarelo do Rodrigues, minutos depois de Cuesta receber o seu. Impressionante a rapidez que os colorados cercaram o juiz, protestando. No intervalo, Cuesta pressionou Jean Pierre.

Vamos ver o comportamento do JP no segundo tempo.

Final do primeiro tempo: Inter mais posse de bola, mas sem exigir o goleiro Brenno. Já o tricolor teve 100% de aproveitamento, dois chutes, dois gols. Me serve, mas é perigoso permitir tanto volume de jogo para o adversário. Daqui a pouco eles se acertam em campo e aí complica.

Agora, se o Grêmio fizer o terceiro…

SEGUNDO TEMPO

Aos 10 minutos sobe a temperatura do clássico. Brenno finalmente é exigido e faz grande defesa numa bola que muda de rumo.

No minuto seguinte Diego Souza lança Elias, que entra na área e chuta em cima do goleiro Daniel, que impede o terceiro gol gremista. Droga!

Aos 16, Bitelo faz boa jogada. deixa Campaz em condições de concluir. O goleiro salva para escanteio.

Aos 17, vermelho para Paulo Vitor por entrada violenta em Campaz. JP agora me surpreendeu.

Caminho aberto para uma goleada.

Pênalti do goleiro em Elias. Achei duvidoso, mas o JP marcou.

GOLAÇOOOOOOO

Meu bruxo, Diego Souza, aos 26, bateu de maneira impecável. 3 a 0.

Durante a comemoração Lucas Silva, outro destaque do time, foi atingido por um celular. Acho que o nosso STJ vai punir o Inter rigorosamente. SQN.

A imagem da agressão covarde e criminosa é forte. Dias atrás foi uma pedrada, e nada fizemos. Só embromação para não punir devidamente o clube agressor.a Agora um celular, atirado dentro de campo. É a escalada da violência no futebol.

ANÁLISE

Primeiro, uma pergunta: como é que o Grêmio foi perder para esse time do Inter?

Agora, elogios ao técnico Roger. Ele armou o time para jogar com humildade, mas ao mesmo tempo com ambição.

O Grêmio foi humilde para se defender, teve aplicação tática, e não deixou de ser ambicioso para buscar o gol.

Roger reviveu o esquema ‘pega-ratão’, lançado por Cláudio Duarte no final dos anos 70. O primeiro gol, a escapada de Elias, é fruto desse esquema. O Inter foi com tudo ao ataque e deu espaço para Elias correr e marcar 1 a 0.

Sobre o time: todos jogaram num nível alto, ninguém comprometeu. Destaco Geromel, Lucas Silva, Bitelo, Campaz e Elias Manoel.

A lamentar que o Grêmio não tenha forçado mais um pouco para chegar aos 5 a 0. Seria um placar mais justo.

Bem, o Grêmio a caminho do Penta gaúcho. Esta terra tem dono!!!

Grêmio contra tudo e contra todos na conturbada semifinal do Gauchão

O Gauchão deste ano aparenta ter sido feito sob encomenda para o Inter. É o que parece pelos movimentos que envolvem a reta final do Campeonato.

Há poucos dias da semifinal o MP do Estado mais uma vez denuncia o Grêmio por racismo. A cantoria imbecil pode custar caro ao Grêmio.

Já a pedrada vermelha, que poderia ter consequências mais graves, não vai dar em nada diretamente ao Inter.

O Beira-Rio será sede do primeiro jogo. Já a Arena não se sabe. Acho que os próximos lances vão depender do resultado de sábado.

Uma coisa é certa: o Grêmio não escapa de uma punição, que pode ser jogar o segundo clássico à meia-noite (quem marcou o jogo para as 22h15 pode avançar um pouco mais, ou não?)

O fato é que o horário não vai permitir que a torcida gremista lote a Arena para decidir quem irá disputar a final.

É possível também que o MP decida pela interdição da Arena. Seria inusitado. Algo jamais cogitado para o Beira-Rio, onde já aconteceu de tudo, menos cantorias que fossem consideradas provocativas e ofensivas como as dos gremistas.

Estou convencido de que o Inter nunca sofrerá punição pelos atos violentos de sua torcida, que não canta, mas agride fisicamente, não que gremista faça diferente. Mas só uma é punida. E isso é revoltante.

Nas redes sociais, gremistas sustentam que a mesma pedrada partindo do lado azul teria outros desdobramentos. Penso igual: com certeza, a Arena estaria interditada. Talvez até o fim dos tempos, a julgar pelo tamanho da ciumeira e da inveja que ela provoca.

Voltando ao Gauchão: o Inter joga seu jogo em casa num horário civilizado. Já o Grêmio num horário de boate.

Acho uma temeridade marcar nosso clássico para ser disputado à noite, porque facilita a ação dos criminosos travestidos de torcedores. Deveria ser sempre um jogo diurno.

Bem, o Inter tem essa vantagem. Transformou o limão do jogo da volta em limonada. Pelo menos até que os fatos digam o contrário.

Tudo indica que vai vencer o primeiro jogo, considerando-se a ruindade tricolor no Grenal recente. Faz 1 a 0, porque também não tem futebol para mais de um gol; e se fecha na Arena, que diferente do Beira-Rio, não receberá um público muito numeroso.

De quebra, Leandro Vuaden no apito do segundo clássico.

Grêmio joga melhor, mas ainda está longe de inspirar confiança

Texto de Copião de Tudo (interino)

Foram 2×0 contra o Ypiranga, líder do torneio de verão, mas continuo achando que Roger é pouco para o Grêmio, embora sempre vou torcer por ele, mas como treinador ainda carece de um longo caminho a ser percorrido pra criar a casca necessária para o sucesso como treinador devido sua forma didática demais em tratar um assunto tão comum aos brasileiros que é o futebol. Dizer que o ‘gatilho de pressão saiu do tripé na alça de dois médios buscando a alquimía no 2º terço em busca da síntese do equilíbrio com amplitude’, isso, é dose pra mamute.

Está ficando pior que o “Titês” nessas modorrentas entrevistas sem nenhum conteúdo real sobre os fatos, mais preocupado com a gramática aplicada nos discursos.

Hoje até que o time jogou mais que o resultado devido as chances criadas em contra-ataque contra o Líder do torneio engana bobo, e tivemos o Campaz absoluto e decisivo junto com Bitelo. O gringo fez um gol olímpico numa falha do goleiro na 1ª trave porque gol assim é sempre falha do goleiro além de meter uma bola no travessão e um chute de falta rasteiro perigoso raspando a trave entre outras tentativas boas. Gostei dele.

Enquanto isso, Bitelo dominou o meio nos dois lados, marcou, desarmou, criou e chegou a frente com ímpeto forte e numa dessas chegadas num chute rasteiro à la Luan, acertou o cantinho do bom goleiro Edson que fez três boas defesas impedindo nossa classificação em 1º na tabela.

Vi o Villasanti bem porque teve que fazer a volância e cobrir Campáz que não teve função defensiva e por isso se expôs mais que o normal, porém, concordo com o amigo Eduardo que Lucas Silva é titular desse time enquanto a TV mostrava TS e Orejuela no lugar certo: sentadinhos no banco de reservas.

Temos outra vez uma trinca ou mais aí de bons guris surgindo com Bitelo mais a frente, porém, Gabriel Silva, Rildo, Frizzo de volta e FH com Sarará acredito que nos darão bons momentos de acordo com a lapidação necessária, MAS, o Elias Mamute precisa pensar no coletivo porque teve três contra-ataques fortes, sendo um deles puxado pelo bom Rodriguez e não deu a assistência no passe final preferindo chutar em cima do goleiro perdendo assim grande chance de ampliar o placar.

Grêmio entra em campo para apagar a péssima impressão deixada no clássico

O Grenal não chegou a apontar quem é o pior – remetendo para o título do post anterior -, mas sim quem está pior. Isso significa que já no próximo clássicos as coisas podem voltar ao seu devido lugar, com o Grêmio quase hegemônico no Estado desde a chegada do Mestre Renato Portaluppi.

Para isso é preciso que o Grêmio prove que não está tão ruim quanto mostrou na maior parte do Grenal, quando cometeu umas das piores atuações que eu vi do tricolor no clássico. Essa reação começa por uma vitória sobre o Ypiranga (nome do meu time de botão, em Lajeado).

Uma vitória na verdade é insuficiente para apagar o vexame de quarta-feira. Se quiser evitar o Grenal logo na próxima etapa, terá de vencer por 3 a 0. Espero que o time treinado pelo Roger Machado, técnico que até agora só mostrou que é tipo um compositor de um sucesso só – conforme escrevi dias atrás-, entre determinado a golear o líder do campeonato. Mas essa pretensão minha é um delírio, admito.

Sem Diego Souza esse time não faz gol. Minha previsão de que o Grenal seria 0 a 0 se baseava na ruindade dos dois times e na qualidade dos dois goleiros. Bem, o Grêmio continua sem seu goleador, um dos top 5 do futebol brasileiro. Sem ele vai ser difícil vencer o Ypiranga.

Menos mal que Ferreira está voltando, o que para muitos ‘especialistas’ das redes sociais e grupos de whats, não tem importância alguma porque para eles o único jogador diferenciado do grupo atual não passa de um peladeiro. Eu confio no Ferreira, e ele pode compensar um pouco a ausência de DS.

Infelizmente, a confiança que eu tenho no Ferreira, Diego Souza, Geromel e Brenno não tenho em mais ninguém do time, e muito menos no treinador, não por suas atividades extra-campo, mas pelo que tem demonstrado desde sua boa passagem pelo Grêmio, cinco anos atrás.

Vamos ver se Roger consegue tirar mais desses jogadores. Torcendo para que ele me surpreenda.

Eis o time provável para este sábado, 16h30, na Arena:

Brenno; Rodrigues (Orejuela), Geromel, Bruno Alves e Nicolas; Thiago Santos e Villasanti e Bitello; Janderson (Gabriel Silva), Elias e Ferrreira.

ATENÇÃO

Ferreira não joga. Sem ele e Diego Souza só rezando. Mas Deus anda preocupado demais com coisas mais importantes.

Grenal para apontar quem é o menos pior

Antes de falar no Grenal dos mortos-vivos, um agradecimento pelas palavras generosas a mim dedicadas (no post anterior) aqui neste espaço que leva meu nome, mas que há muito não é meu, é de todos os que o frequentam, alguns até participam mais do que eu próprio. O que me deixa muito contente e orgulhoso. Somos poucos, mas somos atentos e vibrantes.

Sim, eu faço aniversário com elas, dia 8 de março. Vocês sabem o que isso significa? Nada…

Deixando de amenidades. Vamos ao Grenal ‘me engana que eu gosto’.

Os dois times estão mal, mas o Inter consegue ser pior. Isto dito por colorados que andam tão ou mais assustados quanto os espectadores do seriado Walking Dead com seus zumbis e festival de sangue.

Sei de colorados que querem a derrota do time. Claro, dizem isso agora, da boca pra fora, de cabeça fria. Eles temem que uma vitória sobre o Grêmio será engana-bobo, fazendo com que o Cacique Medina (me aparece cada um, só falta o apito e o cocar, além da carteirinha da Funai) seja mantido no cargo para continuar com suas peripécias táticas em pleno Brasileiro. O que tem de gremista torcendo por ele…

Na verdade, Medina está na boca da caçapa. A meu ver ele só não caiu ainda porque não houve acerto financeiro entre as partes para uma rescisão depois da derrota diante do tal de Globo, uma espécie de Mazembe que fala português.

Já a situação de Roger é bem mais tranquila. Ele, diferente de Medina, tem apoio quase total da torcida tricolor, mesmo diante de algumas atuações sofríveis do time, mas em especial por ter sido derrubado da Copa do Brasil logo na primeira rodada.

Fosse outro treinador, como Mancini, a casa cairia.

Mas Roger tem crédito, um crédito obtido por ter iniciado o trabalho que levou o mestre Renato Portaluppi a elevar o nome do Grêmio, que havia 15 anos só acumulava frustrações.

Bem, Roger tem na mão um time melhor estruturado que o rival. Se eu tivesse que apontar um vencedor no clássico, este seria Roger. Mas pelo que as duas equipes vêm jogando é partida para 0 a 0.

Acredito que os dois times irão jogar por uma bola. Coisa que raramente foi visto no Grêmio de Renato, mesmo em seus piores momentos.

Grêmio empata em 1 a 1 e volta a expor limitações preocupantes

Depois desse empate por 1 a 1 com o Novo Hamburgo já é possível ter uma ideia sobre o potencial do time na série B, principal competição da temporada. É claro que quero conquistar o Gauchão, que é mais fácil, mas a prioridade mesmo é voltar à série A.

Bem, se a meta é sair do lamaçal da segundona quero dizer que estamos mal. Estamos mal de direção em todos os aspectos, a começar pelo disciplinar (caso Churin pode ser apenas a ponta do iceberg). Ah, por favor, chega dessa história de cabelo no peito, que serviu num primeiro momento mas que hoje é motivo de chacota.

Estamos mal também, e principalmente, de comando técnico e de jogadores. Com todo o respeito à história de Roger Machado no clube, não vejo nele condições de fazer um trabalho superior ao que Mancini vinha fazendo. E isso é assustador.

Sobre os jogadores, é óbvio que há problemas, mas, diferente de muitos eu acredito que um treinador que faça um diagnóstico exato do que anda acontecendo e que saiba trabalhar a cabeça dos jogadores, pode tirar mais de cada um.

O próprio Roger, depois de 3 jogos, com aproveitamento de 50%, o que é pouco considerando-se a qualidade dos rivais, tem condições de fazer esse trabalho. Para isso, não pode render-se a um ou outro medalhão do grupo, como por exemplo o Thiago Santos. É um volante que não vejo roubar a bola de ninguém, sua principal função.

O sistema defensivo como um todo é preocupante. O setor de armação inexiste. Temos ali um meio de campo com um monte de barata tonta, sem função definida. Mesmo assim o time consegue criar, mas como tem acontecido já faz tempo, mas com finalizações imprecisas, sem contar que o time continua consagrando os goleiros adversários.

Vejo potencial nesse time, apesar de tudo. Mas Roger precisa mostrar mais para não seguir o mesmo destino de Tiago Nunes, Felipão e Mancini.

Vergonha parte II: Inter também eliminado na primeira fase

Não lembro de uma fase assim tão vergonhosa da dupla Grenal. Os dois clubes eliminados da Copa do Brasil logo na primeira fase.

A eliminação em si já é por demais humilhante. Considerando-se as circunstâncias e a capacidade dos adversários (o Mirassol tem alguma história, já o Globo FC não passa de um time da série D do brasileirão), o vexame colorado é maior.

Mas não vamos fazer um Grenal sobre quem é mais fiasquento.

A gangorra gaúcha está empatada, com Grêmio e Inter postados na ponta de baixo, sem sinal de que poderão subir num curto prazo.

Qual a explicação para essa concidiência de mediocridade e incompetência?

A meu ver a resposta está muito clara, muito evidente. Os dois clubes estão sendo administrados de forma comprometedora.

Arrisco dizer que o Inter, a seguir assim, gastando o que não tem, é forte candidado ao rebaixamento para a segundona.

Já o Grêmio está sinalizando que pode amargar mais um ano fora da série A, o que será uma tragédia. A cereja do bolo de uma gestão marcada por equívocos e decisões que levantam suspeitas entre conselheiros do clube.

Se eu fosse mais paranóico do que sou, diria que tudo não passa de uma estratégia para ‘vender’ os clubes.

FRANGO

Há algum tempo que venho pensando sobre a relação de amor e ódio que boa parte da torcida tricolor pelos jogadores da base, em especial os goleiros.

Brenno e Gabriel Chapecó eram considerados duas joias. E começaram muito bem. Mas bastaram alguns gols sofridos, nenhum que possa ser chamado de frango, para que ambos passassem a ser vistos com desconfiança.

Já tem gente pedindo um goleiro para ser titular. Daqui a pouco o clube contrata um goleiro veterano, em decadência, como fez recentemente, em detrimento desses dois jovens talentosos.

Foi então que comparei a situação de Brenno e Gabriel com a de Daniel. O jovem goleiro colorado em seus primeiros jogos alternou grandes defesas com um ou outro frango.

A torcida colorada até agora se mostrava tolerante. E o pessoal da mídia passando pano. Penso que agora esse tratamento irá mudar.

Daniel vai sofrer até mais que Brenno e Gabriel.

Nesta noite, Daniel levou um ‘franco clássico’, aquele em que a bola passa entre as pernas do goleiro cantando có-corô-cocó. O gol abriu caminho para o resultado final de 2 a 0, um vexame que lembrou o mazembaço.

Assim vai a dupla Grenal. O abismo é logo ali.

Vergonha: Grêmio eliminado da Copa do Brasil na primeira fase

Quando escrevi aqui que Roger e Mancini são treinadores que se equivalem, muita gente achou que a frase era uma provocação aos admiradores do atual técnico gremista, que sofreu nesta noite a primeira derrota desde sua recente volta ao clube que o formou.

Hoje, depois da derrota vergonhosa por 3 a 2 para o Mirassol, clube pequeno com um time esforçado, e a eliminação da Copa do Brasil logo na primeira rodada, começo que a acreditar que até fui injusto com Mancini.

MANCINI E ROGER

Tudo que Mancini fazia e era criticado pelos corneteiros da internet foi mantido por Roger, com uma ou outra mudança de nomes. Por exemplo, Thiago Santos. Se Roger fosse tão bom quanto imaginam e devaneiam seus seguidores, esse volante à moda antiga não seria mantido.

E essa insistência com Churin? Será que faz parte do contrato colocar esse paraguaio em campo nos minutos finais? Ou Roger, mesmo com muitos treinos, ainda não viu que o atacante, figura simpática e humilde, não tem condições de acrescentar coisa alguma ao time?

Sobre o jogo que resultou na vergonhosa eliminação eu tenho apenas um questionamento: por que Roger começou o jogo sem os titulares Campaz e Benitez, que mudaram a cara do time no segundo tempo, mesmo considerando que o adversário teve um jogador expulso logo aos 5 minutos.

Gosto quando são colocados jovens da base para jogar, mas lançar os novatos como Bitello e Gabriel Silva em jogo decisivo, ainda mais fora de casa, é um risco que não se pode correr.

Não concordo que o grupo atual seja de qualidade insuficiente para enfrentar os dois desafios que restam na temporada. Com ele, Mancini colocou o time na liderança do Gauchão, bem à frente do Inter. Hoje, há mais jogadores à disposição do treinador.

O técnico Roger, considerado por alguns o idealizador do Grêmio multicampeão – mais para fustigar os renatistas do que qualquer outra coisa – tem material humano para provar que não é ‘compositor de um sucesso só’.

LIVROS

Para isso, é aconselhável que restrinja o seu foco ao futebol, pelo menos enquanto não firma e consolida um time forte e competitivo, deixando em segundo plano o projeto, elogiável, de lançar 50 livros de autores negros e indígena nos próximo cinco anos.