Fazia tempo que eu não via um Grêmio penar tanto para vencer um jogo fora de seu estádio. Não importa o adversário, cada jogo é um martírio. Mais ou menos como foi o desta terça, em Chapecó, contra um candidato ao rebaixamento.
O pior é que o técnico Roger Machado não consegue alterar essa amarga rotina dos jogos fora da Arena.
Depois, quando é vaiado pela torcida tricolor ao ter seu nome anunciado pelo serviço de som, fica todo magoado. Cheio de mimimi.
Ninguém gosta de ser vaiado. Em vez de atacar a torcida, ou parte dela, Roger deveria dar uma resposta dentro de campo, começando por ‘ouvir o que o campo lhe diz’.
Sobre o jogo, o time começou bem e até poderia ter marcado através de Campaz, que fazia boa partida até ser substituído, aos 30 minutos, para Roger ajeitar o time, com um a menos.
A expulsão de Bitelo é algo que eu não consigo explicar. Ele ergueu a chuteira até a cabeça do Perotti. Vermelho direto, e com justiça. Será que o guri está perturbado por saber que vai perder a titularidade?
Bem, aí o time caiu de rendimento. Eu já vi o Grêmio superar esse tipo de problema, jogar com um a menos. Considerando-se a qualidade do adversário, eu diria que o Grêmio podia mais. Tinha obrigação de jogar mais.
E até poderia ter somado 3 pontos se o juiz marcasse o pênalti reclamado pelo tricolor. Não adianta espernear: esses lances de mão dentro da área dependem da interpretação que cada juiz dá, com ou sem ajuda do VAR.
Outro fator que pesa nessas decisões é a cor da camisa. É impressionante como esse pessoal tem dificuldade para marcar pênalti a favor do Grêmio, como aconteceu em Chapecó.
Já com o Inter, acontece o oposto. Parece que o pessoal de preto tem facilidade em marcar lances importantes para o Inter.
Além do pênalti e da expulsão, outro aspecto que pesou para o time não romper o ciclo de empates fora de casa foi a saída de Ferreira. Ele saiu por lesão. Sem ele o ataque perde poder de fogo. Vamos ver se ele retorna contra o Guarani, dia 5, em Campinas. Sinto cheiro de mais um empatezinho no ar.