Pare o mundo que eu quero descer

Nao aguento mais tanta negatividade ao meu redor, tanta notícia ruim. A começar pelo diagnóstico médico de meses atrás de que sou portador da Doença de Parkinson. Estágio inicial, mas a doença segue comigo.

Ela virou minha prioridade física e mental. Mesmo nos momentos de alegria, sinto sua presença, como a dizer ‘estou aqui, hein?’.

Vou levando, vida de segue. Neste domingo, vi que nada está tão ruim que não possa piorar. Lembrei-me de uma canção de Silvio Brito, sucesso no anos 80, se não me engano.

Pare o mundo que eu quero descer

Segue um trecho:

“Pare o mundo que eu quero descer
Que eu não aguento mais escovar os dentes
Com a boca cheia de fumaça…
Você acha graça porque se esquece
Que nasceu numa época
De conflitos entre raças…

Pare o mundo que eu quero descer
Que eu não aguento mais tirar fotografia
Pra arrumar meus documentos…
É carteira disso, daquilo
Que até já amarelou minha certidão de nascimento.
E ainda por cima
Ter que pagar pra nascer,
Ter que pagar pra viver,
Ter que pagar pra morrer.”

O Nelson Ned cantaria ‘mas tudo passa, tudo passará’, música que lembro sempre nas dificuldades de cada dia.

O Baltazar, ex-camisa 9 do Grêmio, diria: “Deus está guardando algo melhor para mim”.

Para todos nós.

Um jogo insignificante às vésperas de uma eleição histórica

Não tem como avaliar o futebol apresentado pelo Grêmio no empate por 2 a 2 com o Tombense, às vésperas da eleição que talvez seja a mais importante do Brasil em todos os tempos, sem considerar as circunstâncias do jogo.

Foi um jogo oficial, mas tão insignificante que não irá merecer sequer uma vírgula no rodapé da história do clube.

Sem entrar em maiores detalhes, o que tem me preocupado é que o time joga com titulares, misto ou reservas e o que se vê é sempre um futebol burocrático, sem vitórias pessoais no um contra um.

Estou exagerando, pode ser, mas eu gostaria de ver esses guris que jogam do meio para a frente arriscando mais, chamando a marcação e partindo para o jogo individual, o drible.

O treinador Renato é especialista em forjar atacantes de lado – os antigos pontas, como era o próprio Renato. Mas ele não teve tempo ainda de lidar com a geração atual. Talvez ele encontre um novo Éverton Cebolinha, quem sabe?

Aliás, um aparte, questão de ordem. Voltando no tempo até início dos anos 80, quando Renato começou a aparecer no Grêmio. Jogava muito o Renato. Vê-lo jogar valia o preço do ingresso.

Um dia, provoquei o Ibsen Pinheiro, que ainda não havia entrado pra política e que escrevia uma coluna na Folha da Tarde. Coloradão.

Ibsen, tu achas que o Renato pode ser considerado um novo Garrincha? Eu sabia a resposta: Não, é claro. Renato era um carrasco deles.

Mas eu acredito que Renato era um Garrincha do futebol moderno, onde a preparação física às vezes é mais importante que a técnica e a criatividade.

Se alguém quiser responder no lugar do Ibsen, fique à vontade. O espaço é democrático, verdadeiramente democrático.

Bem, encerro por aqui. Consegui driblar o último debate. Não assisti. É muito irritante e até nojento. Não queria estragar mais uma noite.

Até porque nada vai mudar o meu voto, já firmado e reafirmado.

MEU VOTO

Não digo qual o meu voto. Como diria o velho Cid (falecido colunista esportivo), não revelo em quem irei votar porque não há necessidade.

Confio na inteligência dos leitores…

Grêmio confirma volta à Série A sem dor. Mas com preocupação

O retorno à série A deveria ser mais tranquilo, sem maiores percalços, mas como se sabe tudo é mais doloroso para os gremistas.

Foi necessário repatriar o técnico Renato Portaluppi para garantir a classificação, ameaçada a partir do momento em que seu antecessor, Roger Machado, perdeu o controle do time.

Renato assumiu e também enfrentou algumas dificuldades, mas fez o time jogar melhor do que vinha jogando e alcançou os resultados que AGORA conduzem o clube de volta ao lugar de onde NUNCA mais deve sair.

O Grêmio venceu o Náutico no estádio dos Aflitos por 3 a 0, ao natural, sem maiores dificuldades, apesar do início um tanto distraído. Chegou aos 61 pontos, e não pode mais ser alcançado pelo Ituano.

A vitória começou com um gol do Bitello, o melhor em campo. Ele fez também o terceiro gol e deu o passe para Lucas Leiva (único remanescente daquele jogo histórico), fazer o segundo.

O gol de Lucas é um dos raros em que o VAR tomou uma decisão favorável ao Grêmio desde sua implantação.

Sobre Bitello: se ele não for negociado para ‘fazer caixa’, o que é possível diante do futebol que apresentou na temporada, estará garantido no time principal do Grêmio. É impressionante o que evoluiu esse jovem meiocampista sob a orientação de Renato, o Lapidador de Talentos.

Vale o registro, por uma questão de justiça: Roger foi quem lançou o guri, insistindo com ele mesmo em meio a uma campanha com resultados preocupantes e atuações assustadoras.

Só por esse fato, Roger merece os agradecimentos da torcida tricolor. É o novo ‘legado’ de Roger para Renato.

Resta saber se Renato irá permanecer no clube. Fala demais…

Mas este é outro assunto.

2023

Jogadores que merecem continuar na próxima temporada:

os dois goleiros (o que não impede a contratação de um goleiro mais experiente, como Paulo Vitor e Vanderlei – goleiro da base gremista sofre até ser respeitado;

os dois zagueiros;

meio-campo: Villasanti, Lucas Leiva e Bitello;

atacantes: Diego Souza e talvez Biel, que tem bom potencial.

Grêmio sai atrás, mas reage e evita a derrota na Arena lotada

E aí o Grêmio perdendo por 1 a 0 aparece o Renato com Thiago Santos e Guilherme para virar o jogo contra o Bahia. Filme de terror. Foi o que escrevi logo no início do segundo tempo.

Tudo se encaminhava para uma derrota dentro de casa, Arena lotada. Foi então que o Sobrenatural de Almeida entrou em campo, incorporou Guilherme, que driblou e cruzou com perfeição. Achou na área o volante brucutu na posição de centroavante. Não deu outra: 1 a 1.

E foi assim até o final do jogo: Grêmio com o time desorganizado, jogando na raça, e o Bahia fazendo tempo.

Temos então que o gol do contestado TS pode ser decisivo para a classificação do tricolor.

Queimei a língua. Muita gente está com a língua ferida. É o caso do Alex Bagé, do grupo RBS. Detonou o Renato por suas escolhas, em especial pela escalação do TS, e reviveu Roger.

Até aí tudo bem, o chato é que o gol salvador aconteceu assim que Bagé terminou seu comentário na rádio Gaúcha. Assunto quente nas redes sociais.

Bem, o fato é que está muito difícil de assistir aos jogos do Grêmio. E isso desde a primeira rodada. É bem verdade que o time fez alguns bons jogos com resultados positivos, e chegou a dar, em alguns momentos, a impressão de que iria ‘decolar’, mas isso não aconteceu.

Mesmo assim, mais de 40 mil heróis foram à Arena neste domingo de sol radiante. A torcida não larga o time, pelo contrário. É na hora difícil que o verdadeiro gremista cresce, se agiganta,

Pois é, esse torcedor já sabe que teremos dias difíceis pela frente. Ao contrário do que muita gente imaginou, eu inclusive, a vaga no G-4 não será conquistada com facilidade, mas virá.

E quem duvida que possa ser através de Guilherme e Thiago Santos?

Em busca de um milagre: vencer fora de casa

Escrevi o título deste comentário antes do jogo em Londrina. Tenho feito isso ultimamente. A intenção é de marcar território para que o espaço receba as intervenções sempre oportunas dos parceiros durante e depois da partida, para que os textos não fiquem ‘escondidos’ no post anterior. Tudo seria mais fácil se eu escrevesse algo logo que os jogos terminam.

Bem, começo destacando o título porque ele continua muito atual depois do empate melancólico e frustrante contra o modesto Londrina do Adilson, o capitão América. Tão atual que o manterei no próximo jogo fora de casa, onde o Grêmio tem sido um gatinho – em casa um Leão -, conforme escrevi na última postagem.

Sobre o empate por 1 a 1 deste sábado: a vitória se encaminhava tranquila, com ojogo sob controle, até que Renato decidiu apimentar o jogo fazendo substituições equivocadas e injustificáveis. Aliás, não é a primeira vez. Uma coisa é certa: falta qualidade mesmo, o que dificulta para o treinador, mas tem casos em que o técnico mesmo troca os pés pelas mãos.

Ainda não consegui entender por que colocar Nicolas e ao mesmo tempo manter Diogo Barbosa. Não seria mais simples trocar seis por meia dúzia? Com cada um na sua, em invencionice? E mais, por que insistir com Guilherme?

Foi a partir das mexidas de técnico que o Grêmio perdeu poder de marcação, força ofensiva e futebol eficiente do primeiro tempo, quando time poderia ter decidido a partir.

Diego Souza, o melhor em campo na minha modesta opinião, comentou, no intervalo, que o Grêmio havia desperdiçado algumas chances claras de gol, numa crítica ao Biel, que tomou decisões erradas no último lance, prejudicando o time.

Lembrando que DS é o vice-goleador da série B com 14 gols.

Desconfio que Biel não aguentou o peso da responsabilidade depois de dois ou três jogos sob o comando de Renato. A crítica severa pode afundar o jogador, e os elogios, para quem não está acostumado, podem fazer o jogador mediano acreditar que é o ‘cara’. Caso do Biel.

Thaciano foi bem fazendo o flanco pelo lado direito. Foi dele o cruzamento com açúcar e afeto para o veterano matador gremista.

Sobre o pênalti, ali pela metade do segundo tempo eu escrevi para um amigo, que já festejava o 3 pontos, que o Grêmio dificilmente ganha com esse juiz. Aí, aparece um pênalti muito duvidoso, daqueles que o juiz decide e ninguém tem nada com isso. Ah, pra mim, não houve intenção do Villasanti.

Durante a transmissão, um repórter informou que o tal Vilson Sampaio apitou quatro jogos do tricolor na competição. Não venceu nenhum. Não conferi a informação, mas não duvido dela.

O próximo jogo será contra o Bahia. Na Arena, felizmente.

O leão e o gatinho

Assim como existem ‘dois brasis’, como aponta o resultado da recente eleição, há dois grêmios: o Grêmio que joga em sua casa, onde é um leão, e o Grêmio que, fora de seu reduto, é um gatinho. Um gatinho rom-rom, de unhas aparadas para não machucar ninguém mesmo.

O primeiro tem feito alguns jogos que chegam a entusiasmar sua torcida, que por vezes até vislumbra em campo um pouco daquele time que encantou o país e conquistou títulos como a Copa do Brasil e a Libertadores. Um time que só não fez mais porque encontrou pela frente arbitragens suspeitas como voto que não é impresso.

No jogo desta noite, na Arena, tivemos a ratificação desse preceito. O Grêmio detonou o CSA, que deve estar festejando o fato de ter escapado de uma goleada estrondosa. O placar de 2 a 0 não diz o que aconteceu em campo.

Aguarda-se, agora, nova decepção no próximo jogo que for realizado. A versão gatinho desse time de Renato Portaluppi vai preponderar?

Espero que não. Espero que o Grêmio atual consolide um estilo, uma característica, uma mecânica de jogo mais ou menos como era Grêmio que me dá saudade (escorreu uma lágrima aqui) e que muito provavelmente não tornarei a ver. Talvez lá em cima, ao lado do Koff, do Dourado, do Espinosa, entre outros gremistas ilustres, que hoje devem estar se revirando, tanto pelo futebol do time como e principalmente pelo rumo que está tomando a eleição no clube.

Sobre o jogo: os gols foram de Lucas Leiva e Diego Souza, ambos de cabeça. O primeiro, cruzamento de Edilson; o segundo, de Diogo Barbosa, que está jogando bem sob o comando do mestre em lapidação. Foi uma jogada bonita, que lembrou o grande time armado por Renato.

A propósito, vamos ver o que ele, o Midas, consegue com Guilherme, que saiu vaiado de campo (um exagero e uma injustiça). Guilherme se esforça e tem potencial.

Já o Biel cresce a cada jogo. Ele ainda comete alguns erros, mas de um modo geral está bem e se consolida como titular. Parece que custa 2 milhões de dólares. Vale.

Com mais quatro pontos o Grêmio se classifica, dizem os matemáticos. Que bom, objetivo atingido.

Ah, o próximo pesadelo tem dia e horário definidos:

sábado, dia 8, às 16h30, em Londrina.

O blog estará lá representado pelo Copião de Tudo.

Segue a rotina de derrotas fora de casa

COPIÃO DE TUDO

Com time quase todo reserva perdemos mais uma vez fora de casa num jogo que dominamos com 68% de posse inútil da bola porque não jogamos pra vencer por falta de brilho, jogadas, vontade, talento e principalmente pontaria mais uma vez além do VAR sempre “achar algo” para anular gols do Grêmio. Bah!

O Sampaio teve só 32% do tempo com a bola, 3 chances claras e fez 2×0 enquanto nosso meio de campo totalmente travado com 2 volantes descartáveis da lista de dispensas de dezembro erravam tudo como sempre fizeram por falta de qualidade, e tínhamos somente a bola aérea insistentemente como jogada, aí, babau Nicolau “outra vez”.

Renato já saiu de Porto Alegre JUNTO com Romildo sem um armador e com 3 volantes pensando no empate levando time reserva, e isso chama a derrota como sempre acontece, aí, soma-se com jogadores de baixíssima qualidade como Rodrigo, Lucas Silva, Tiago Santos, Guilherme que só farda no Brusque, Operário, etc, Elkenson e Biel que só tem velocidade e nada mais, logo, o resultado não vem. Normal.

Precisamos de 5 ou 6 pontos em 6 jogos sendo 3 em casa, é possível, mas temos que jogar mais mesmo com essa penca de nulidades aí pra não sofrer tanto assim nesses momentos, pois foi em casa que fizemos os pontos necessários para o acesso até este momento, porém, estarei em Londrina semana que vem confiante e contando com a sorte de ter estado nas 2 vitórias fora nessa minha 6ª aventura na série B no apoio ao time.

Tudo indica que Renato veio para seguir em 2023, e sei que já estão trabalhando “nos bastidores” na montagem de elenco para isso, mas teremos que exorcizar alguns entraves que insistem em atrapalhar nosso caminho e eliminar essa inhaca que está aí, ainda dá tempo.

Oremos ….. !!!!!
(Copião de Tudo)