Brasil aplica goleada ‘mata-secador’ e eleva o tom ufanista das análises

Assim que a Copa do Mundo avança para as oitavas meu interesse pela competição vai aumentando. Preciso estar ligado para ver quem tem mais chances de eliminar o Brasil (sem dúvida a França) e também para exercer plenamente a cidadania: secar a Seleção e, claro, seu treinador. Que figura mais irritante!

Pois hoje me acomodei a tempo de ver o juiz apitar o início do jogo contra a Coreia do Sul, um modesto coadjuvante, que, assim, como outras seleções nanicas, de vez em quando faz a alegria das casas de apostas com resultados surpreendentes.

Enquanto a bola rolava, desvirginei uma melancia (por favor, sem qualquer referência a determinados homens de coturno, verde por fora e vermelho por dentro), que chegou a estalar. Antes da primeira mordida: gol do Brasil. Mais um pouco, outro gol do Brasil. Em pouco tempo o time do Tite liquidou a partida.

Pronto, os caras da TV se derretiam em elogios, um ufanismo transbordante, e que é uma das razões por eu torcer contra o Brasil, o que acontece quase sempre. A Copa de 70 é uma exceção, já a de 74 eu sequei, principalmente porque tinha o Valdomiro, jogador de uma só jogada, e colorado.

Então, é esse ufanismo que me irrita já faz décadas. Todos viram torcedores e desprezam análises críticas. O símbolo desse circo: Galvão Bueno, baita narrador, mas exagerado nos elogios.

Bem, concluindo: o Brasil vai atropelar a Croácia, e se cair será apenas se a França se atravessar. A França é favorita, mas tudo pode acontecer, como já vimos em alguns jogos desta Copa.

Quartas de final


9/12 (sexta) – meio-dia – Croácia x Brasil.
9/12 (sexta) – 16h – Holanda x Argentina.
10/12 (sábado) – meio-dia – vencedores de Marrocos x Espanha e Portugal x Suíça.
10/12 (sábado) – 16h – França x Inglaterra.