Se alguém quer ter uma ideia do que pensa o torcedor gremista sobre a fase atual do time, com 100% de aproveitamento no Gauchão sem depender de pênaltis discutíveis para superar os rivais, ignore o que escrevem alguns articulistas que já não sabem o que fazer para atacar o ‘grande vilão’, o técnico Renato portaluppi.
Faça como eu fiz neste domingo, quando o serviço de alto-falante da Arena anunciou os personagens do jogo do Grêmio contra o meu time de criança, o Avenida de Santa Cruz do Sul.
Aí, parei para ouvir a reação dos torcedores a cada nome anunciado. Uma manifestação sincera, espontânea e desinteressada, sem preocupação com clics ou com ‘tese’ disso ou daquilo.
Começou com Adriel, jovem e promissor goleiro, que recebeu ovação protocolar, como não poderia ser diferente já que fazia seu primeiro jogo na temporada. Intensidade praticamente igual de aplausos para Fabio e Bruno Alves.
Quando o nome de Kannemann foi anunciado senti a Arena estremecer. E não poderia diferente.
Depois, Reinaldo, Pepê, Bitelo, Cristaldo e Gabriel Silva. Todos também recebidos cordialmente pela torcida. Desses, Bitelo foi o mais aplaudido.
Aguardava o anúncio de Villasanti, tema de debates acalorados nas redes sociais e nos botecos da vida. Uns defendendo que ele não pode ser titular, outros dizendo que é ele e mais 10 (exagero meu).
Se a voz do povo é mesmo a voz de Deus, Villasanti não sai mais do time e ainda pode ser canonizado pela galera tricolor. Foram aplausos acalorados.
Minha opinião: não tem volante melhor que ele no grupo. Estou, portanto, com a maioria.
Agora, como era previsto, a saudação a Luiz Suárez foi estrondosa. Aliás, fiquei impressionado com a quantidade de camisas estampadas com o nome do uruguaio. Muito justo.
RENATO
Por fim, Renato Portaluppi. A manifestação da torcida foi sensacional.
E tem gente que ainda questiona Renato no clube, na maioria das vezes por picuinhas, como se fosse fácil encontrar um treinador melhor que ele.
Agora, ele não está imune a críticas. Após o jogo, insistiu que a direção deve buscar um jogador de lado, habilidoso, para ‘quebrar as linhas’. Enfim, um Éverton Cebolinha. O problema é que são poucos clubes que contam com um jogador assim.
Cabe, então, ao treinador buscar alternativas. Quem sabe, até, mudança de esquema. Eu acho que pelo perfil do grupo um 4-4-2 seria interessante.
AVENIDA
Lamento a forma como o Avenida perdeu. Aos 11min, o Grêmio marcou seu primeiro gol de forma legal, mas fruto de esperteza. Não por coincidência um uruguaio estava na jogada. Suárez pediu para Pepê agilizar a cobrança de falta, pegando desprevenida a zaga adversária. Cristaldo marcou sem dificuldade.
O segundo gol foi de Galdino, que pegou rebote do goleiro após chute do uruguaio.
Pelo jeito que o jogo se desenvolvia, com o Avenida marcando muito forte, o Grêmio se encaminhava para perder seu 100% de aproveitamento.