Depois de ver o Grêmio empatar num miserável 0 a 0 com o Fortaleza, em plena Arena, fiquei convencido de que o time vai ficar ali rondando, como um fantasma, o décimo lugar até o final do campeonato. Os mais pessimistas projetam até uma briga contra o rebaixamento.
Meu estado de espírito só não é mais sombrio e preocupante porque vejo o nosso rival em pior situação, pelo menos no momento, o que me conforta, mas não me anima, não me consola. Pelo contrário, me preocupa saber que é isso que nos restou, a luta por uma classificação à Copa Sulamericana, ou, na melhor das hipóteses, figurar no G-4.
É claro que tudo pode mudar, mas hoje vejo isso como um delírio, coisa de torcedor apaixonado. Analisando friamente muita coisa precisa acontecer, como a contratação de um ou dois atacantes rápidos e habilidosos, os tais ‘quebradores de linha’, os fura- retranca.
É preciso que o departamento médico seja mais competente ( hoje são seis ou sete jogadores fora por algum tipo de lesão, entre eles o Ferreira, que faz muita falta.
No post anterior, falei sobre a qualidade do time, do grupo. Hoje, no segundo tempo, a gente viu alguns reservas entrarem. E com eles o time piorar. Poderia citar alguns lances pontuais como exemplo, mas quem puxar pela memória ou rever a partida, vai constatar que se depender de Zinho, Galdino e Nathan será muito difícil atingir o resultado necessário. Eventualmente, eles poderão dar uma contribuição positiva, mas não se pode esperar muita coisa deles.
Vale o mesmo para Cristaldo e Vina, dois jogadores nota 7 num setor crucial de um time de futebol, o meio de campo. Ambos, pelo que vi até agora, servem como reservas, nunca como titulares, como tem acontecido.
Poderia citar outros exemplos, mas o que importa é que o grupo é insuficiente. Ou para não ser fatalista, tem sido insuficiente.
Em meio a tudo isso vejo preocupado o Suàrez praticamente sozinho, sem companhia para jogadas ofensivas. Bitello e Pepê, que voltou hoje, conseguem acompanhar o uruguaio em termos de inteligência para jogar futebol. Mas é preciso mais. Exagerando, temo que a qualquer hora Suárez peça a conta.
Vale o mesmo para o técnico Renato, que hoje foi estranhamente mais moderado e contido à beira do campo. Parece ter ligado o botão de ‘foda-se’.