Quando um time de qualidade superior enfrenta um adversário também de bom nível, mas prejudicado pela falta de sorte, a tendência natural é que vença seu jogo. E foi o que aconteceu neste domingo, no Maracanã, onde o Grêmio abusou de perder oportunidades, inclusive com duas bolas na trave, e ainda teve um pênalti que lhe foi sonegado em benefício do queridinho da arbitragem brasileira.
No duelo de campeões deu Flamengo, que venceu o Grêmio por 3 a 0, um placar em que seria mais justo um empate. Mas independente de qualquer coisa, foi um grande jogo, com dois grandes times buscando o gol. No final, venceu o time com mais qualidade técnica. E com mais sorte também.
A derrota diante um dos dois favoritos ao título Brasileiro (o outro é o Palmeiras, qua também bateu o time de Renato) aponta que o Grêmio chegou ao teto, ao seu limite. Cabe à direção providenciar urgentemente dois ou três reforços que possam acrescentar ao grupo atual. Caso contrário, a briga do Grêmio será no máximo pelo G-4.
Sobre o jogo, o Grêmio começou melhor e criou situações de gol até metade do primeiro tempo. O gol de Éverton Cebolinha desestabilizou o tricolor. Pedro, um reserva que seria titular em qualquer time do país, fez 2 a 0, numa falha da defesa. O terceiro gol aconteceu depois um período de superioridade do Grêmio, que teve tudo para empatar. Bruno Henrique, nos acréscimos, marcou o gol, consolidando os 3 a 0 e dando a falsa impressão de que o Flamengo foi tão superior que goleou.
Agora, ficou claro que se enfrentar Flamengo ou Palmeiras pela Copa do Brasil as chances de o time conquistar o Hexa são remotas, ainda mais se a sorte nos abandonar como aconteceu nesta rodada do Brasileirão.