Vergonha, foi o que senti durante todo o primeiro tempo do Grenal. Nem nos clássicos da terrível e sufocante década de 70 vi o Grêmio jogando tão mal como na primeira etapa do jogo deste domingo, no Beira-Rio.
O Grêmio não chutou uma bola sequer a gol. Melhorou, ou ‘despiorou’ , a partir da metade do segundo tempo, e aí, milagrosamente, achou dois gols, ambos em falhas do goleiro uruguaio, alçado a ídolo vermelho açodadamente, como se viu.
No final das contas, 3 a 2 para o Inter, que ao menos foi o time que mais lutou, mais buscou o gol. Enfim, mereceu a vitória, até por um placar mais dilatado. É duro admitir isso.
O Grêmio, favorito diante de um adversário que vem de sofrer um rude golpe, em nenhum momento fez por merece a vitória, e até mesmo um empate. Foi desolador.
Mesmo assim, vibrei com o gol de João Pedro, aos 22 minutos, com ajuda de Rochet, porque o chute não foi forte. Retomei a esperança numa reação, numa virada, mas Alan Patrick logo acabou com meu devaneio. Aos 24 ele fez o terceiro. Aos 28, Suarez fez o segundo do tricolor, em outra falha do goleiro.
Foi uma atuação que se poderia definir como irreconhecível, mas desempenhos desse nível tem sido até comuns quando o Grêmio joga fora no Brasileirão. O problema é que foi contra o eterno rival. Aí dói mais e é inaceitável.
O técnico Renato precisa saber o que aconteceu e buscar soluções para que isso não mais aconteça. Voltando a jogar assim o time é capaz de perder a vaga no G-4, que ajudará a suportar a vergonha sofrida nesse domingo.
Renato bem que poderia começar explicando por que iniciou com Ferreirinha, notoriamente um atacante de segundo tempo, coisa que até meu filho de 7 anos já sabe.
Por outro lado, foi bonito de se ver a festa dos colorados com a vitória, tão raras para eles nos últimos tempos. Comovente.