Estava escrito no regulamento, digo, nas estrelas. O título do Gauchão estava reservado para o Inter.
Na semana passada, com a eliminação do Grêmio pelo Juventude com uma mãozinha da arbitragem e uma mãozona anterior do técnico Luxemburgo, ficou ainda mais nítido no mapa astral colorado que o título ficaria com Dunga e seus comandados.
Hoje, mais uma vez houve participação importante da arbitragem.
A Federação não escalou os ‘suspeitos de sempre’. Mandou a campo o Márcio Chagas, que de tanto ser acusado de gremista acabou prejudicando o Juventude ao anular gol legítimo ainda no primeiro tempo.
Quem me acompanha sabe que desde o início da competição venho dizendo que Dunga condicionava descaradamente a arbitragem, reclamando até quando seu time vencia, sugerindo uma isenção na crítica. Na verdade, uma estratégia.
Não vou me preocupar em conferir, mas duvido que tenha algum time no campeonato mais beneficiado que o Inter, por exemplo, em número de expulsões do adversário. Se não me engano, são oito.
Depois de tanto reclamar, Dunga viu D’Alessandro desfilar pelos gramados sem sequer ser tocado pelos marcadores.
No jogo de hoje, uma decisão para o Juventude, o argentino, maestro e agora líder positivo do vestiário – até pouco tempo ele era acusado de ter derrubado Tite – não sofreu uma falta sequer. Nem com sopro.
Agora, não tenho a menor dúvida de que o Inter seria campeão, mesmo que fosse validado o gol do Juventude, que até teve bons momentos no jogo pela vontade de seus jogadores.
Mas da metade do segundo tempo em diante, só deu Inter. O goleiro Fernando fez grandes defesas.
Para sorte do Juventude, Damião havia saído por lesão, imagino que estiramento.
Em seu lugar, entrou Caio, um atacante rápido e… baixinho. Pois em dois lances Caio poderia ter decidido o jogo de cabeça, mas faltou-lhe a altura do titular Damião.
Nos pênaltis, o Juventude quase chegou lá. Mas lá aonde? Para onde iria o Juventude? Buscaria o título? Não, no máximo teria mais dois jogos para o técnico Lisca fazer caretas à beira do gramado e seu time se esgarçar em campo sabendo que acabaria sucumbindo diante do clube de maior porte, melhor time, melhor grupo e com um treinador que sabe os caminhos que levam ao título do campeonato arquitetado pelo sr. Noveletto.
Dunga é campeão em sua primeira investida como treinador de clube. É justo reconhecer que seu time está bem armado. Portanto, mérito do técnico também aí.
Faltam, claro, desafios maiores para avaliar o real potencial colorado.
Já o Grêmio, que abriu mão do campeonato na hora errada – na fase final do primeiro turno -, só tem uma maneira de compensar sua torcida: seguir em frente na Libertadores.
LAJEADENSE