É consenso que uma das principais virtudes de Renato Portaluppi como treinador é a administração do vestiário, lugar que ele mantém blindado, aberto apenas para ele e seus comandados, os integrantes do chamado ‘meu grupo’.
Pois a última entrevista de Renato, que nunca falou tanto quanto nos últimos tempos, metendo o nariz em tudo que é assunto, para alegria da mídia e adjacências, fica claro que há algo de podre no vestiário.
Ora, no momento em que Renato afirma em sua tradicional entrevista coletiva pós-jogo que alguns jogadores poderiam ter entregue mais, fica a impressão de que ele, Renato, não está conseguindo mobilizar os jogadores.
Fica a indagação: como os jogadores receberam esse tipo de manifestação? Será que alguém vestiu a carapuça?
E quem seriam esses jogadores? Eu tenho dois nomes na ponta da língua. Acho que a maioria sabe a quem me refiro. Dá pra fazer por eliminação.
Renato estaria perdendo o vestiário? E se Renato, que não é bobo nem nasceu ontem deu essa declação para tirar o foco (coisa que ele costuma fazer amiúde, como cantaria Zé Ramalho) da verdade. E qual seria essa verdade:
A limitação técnica, tática e física de boa parte do elenco, sem contar a limitação intelectual que pesa muito nos jogos mais encardidos.
Não tem essa de falta de entrega, conversa pra boi dormir. Não falta esforço. O que sobra é falta de qualidade. Dá vontade de desligar a TV quando a gente vê determinados jogadores, por momentos transformados em solução.
Renato, conta outra, não é falta de entrega. Se fosse, Renato, como bom gestor de grupo, não abriria publicamente para alimentar os lobos, entre eles, os anti-renatistas.