Grêmio 3 x 0 Vitória. Está aí um resultado que não reflete o que foi o jogo. O Vitória chegou inúmeras vezes na área tricolor, mas na maioria delas faltou acabamento nas jogadas, no último passe, ou nas conclusões. Em outras, apareceu o goleiro Victor e a zaga, que soube abafar muitos chutes que poderiam resultar em gol do time baiano.
Gostei muito do Saimon como típico cabeça de área, mas com qualidade de passe. Gostei da estrutura inicial do time no meio de campo, completado por Fernando, Maylson e Lúcio, três jogadores que marcam e saem pro jogo com facilidade, em especial Maylson.
Pois Maylson mais uma vez compareceu no placar. Na posição de centroavante, ele concluiu com precisão uma jogada em que o zagueiro falhou e que teve a participação fundamental do Roberson. O guri fez uma partida muito boa técnica e taticamente.
O Vitória foi superior, teve mais posse de bola, criou mais jogadas. Mas o Grêmio soube resistir com calma, e quando teve a bola saiu jogando em velocidade. Marcar e sair para o ataque rapidamente, esta a marca registrada do time armado pelo Renato.
Agora, a ousadia do Renato me assusta. A entrada do Magrão no lugar do Fernando, tudo bem, perfeito. Mas sacar Maylson que fechava bem pelo lado direito e colocar Diego Clementino aos 20 do segundo tempo me deixou preocupado.
A alteração não resultou em maior prejuízo à marcação, ao contrário do que eu esperava que ocorresse. E por que? Diego continuou fechando os espaços pela direita, marcando o adversário como fazia Maylson. E, a exemplo de Maylson, no finalzinho estava lá, como centroavante, para fazer 2 a 0, após uma belíssima jogada do Lúcio com Jonas. Mais uma vez Diego pegou a sobra do goleiro e marcou.
Para concluir, um golaço de Edilson, após jogada entre Gabriel e Diego. Os 3 a 0 foram um castigo para o Vitória e um prêmio para esse Grêmio do Renato, que me surpreende e, por vezes, me assusta, mas está aí somando pontos, muito mais que eu podia imaginar.