Nunca tive vocação para ‘cofrinho da informação’.
Lembro-me que no início do ano, participando do programa do Reche na Ulbra, o Cadeira Cativa, obtive do então vice de futebol colorado Roberto Siegman, durante o intervalo, que ele chegou a tentar a contratação de Jonas, e lamentava ter chegado tarde para fechar o negócio.
Recomeçou o programa e, nos poucos segundos em que o Reche me concede a palavra, eu revelei o que Siegman, o fiel amigo do Tobias, havia dito minutos antes sem pedir segredo. Se tivesse pedido eu respeitaria.
Pra que? O homem ficou vermelho, me fuzilou com os olhos, mas manteve a calma.
– E eu que pensava que as coisas ditas nos intervalos não vão ao ar – disparou ele, sugerindo que eu tinha faltado com a ética.
Mais do que depressa devolvi, sorrindo:
– Sr. Siegman, eu não sou cofrinho da informação.
Ficou por isso mesmo. Estivemos juntos em outros programas e tudo bem.
Todo esse ‘nariz de cera’ só pra dizer que vou revelar agora o que está acontecendo com Miralles. Li o noticiário do Grêmio na internet e constatei que o assunto é um mistério. Nenhum setorista sabe o que está acontecendo. Existem alguns boatos. Um deles é de que o grupo de jogadores não suporta o argentino. Isso até pode ser também, mas é consequencia de seu comportamento.
Hoje, o PROFESSOR Celso Roth (SIM, me rendi momentaneamente) declarou ao ser indagado por que da ausência dos dois na viagem para SP:
– Eles não viajam por uma opção técnica. Opção técnica e falta de participação. Eles precisam melhorar em todos os sentidos para reconquistarem o espaço.
Bem, Miralles caiu em desgraça porque simplesmente só quer treinar com bola, detesta treino físico. Ele alega que no Chile só treinava com bola.
É claro que Paixão e Roth não deixariam isso passar assim em branco.
Portanto, enquanto não entrar na linha, Miralles fica fora dos planos.
A questão é: continua recebendo o salário integral?
SAIDEIRA
A torcida Geral do Grêmio é invejada pelos outros clubes, em especial por um aqui muito próximo. A Geral consegue incendiar o time e contagiar os outros torcedores. Este é o aspecto positivo. Tem o outro lado: e este é desprezível, condenável. O que aconteceu no Gre-Nal domingo não pode mesmo ficar sem punição. Esta de querer tirar os colegas detidos da sala judiciária no estádio é coisa de bandido, marginal. Acima de tudo uma ação burra.
Com isso, conseguiram dar mais munição aos seus críticos, boa parte deles na imprensa e quase todos colorados. Eles estão vibrando com a punição imposta aos brigões e também com a suspensão por três meses da entrada de instrumentos, bandeiras, etc.
A continuar assim, a Geral será extinta. Meia dúzia de desordeiros pode colocar abaixo, como a avalanche, um dos maiores trunfos do Grêmio nos jogos, uma marca registrada.
Quando isso acontecer, e vai acontecer a seguir nesse ritmo, haverá foguetório em Porto Alegre e vibração nas redações.
Penso que a direção do Grêmio deveria agir mais forte para preservar a Geral, que já é um patrimônio do clube.
Poderia começar com a retirada (ou redução) de privilégios e a proibição por longo tempo da entrada desses ‘torcedores’ que mais comprometem a imagem da torcida, e do clube, do que realmente torcem de maneira saudável.