Atordoado com essa crise que atinge o Grêmio há vários anos chego a ter vontade de refugiar-me num lugar sem internet, sem jornais, sem rádio ou TV.
Enfim, nada de informações sobre futebol, Lulla, corrupção, mensalão, Detran, impunidade, pagode, RG Traíra, etc.
Depois de muito matutar, concluí que o melhor mesmo é ficar por aqui e encarar a realidade, por mais dura e cruel que possa ser, com o Damião empilhando gols e o Grêmio em sua via crucis que parece infinita.
Mas entre os meus pensamentos de sumir do mapa por uns tempos, imaginei como seria a vida num convento, num mosteiro.
A imagem de um mosteiro me levou aos monges trapistas. Que, por sua vez, me remeteram aos mosteiros belgas que produzem cerveja, uma cerveja especial, cor de cobre, com um aroma e um sabor capazes de amenizar os efeitos de qualquer goleada que o Grêmio possa sofrer (desde que não seja em Gre-Nal) e suportar discurso e entrevistas do Lulla.
Hoje, são quase 180 mosteiros trapistas pelo mundo. Mas apenas sete deles continuam fazendo cerveja, coisa de séculos. Desses, seis são belgas.
Vai daí que decidi fazer uma cerveja belga, bem ao estilo das cervejas feitas pelos monges da ordem trapista.
É uma cerveja tipo belga, de alta fermentação, elaborada com maltes belgas e lúpulos selecionados.
Apresento, então, a Belgian Ale, que reforça a linha de cervejas 1983, agora com novo visual. O rótulo é criação do publicitário Adriano Snel, que, obviamente, é gremista.
Ah, a cerveja ficou tão boa que até já abandonei a ideia de virar um eremita ou um monge trapista.
Vou ficar por aqui esperando o Grêmio dar a volta por cima ou o mundo terminar. O que vier primeiro.