As verdades do futebol nunca são definitivas. Nem esta frase resiste muito tempo.
Há uma semana, o Grêmio despontava como um candidato ao entrar no grupo da Libertadores. Não faltou até quem sonhasse com o título.
Hoje, depois de duas surras aplicadas por clubes cariocas, já tem gente de joelhos rezando e fazendo promessas para o time reagir e mandar pra longe a ameaça de rebaixamento.
No lado do Inter a situação não assusta, mas o torcedor colorado já sabe que terá de ficar mais um ano na fila por um título do Brasileirão. Antes dos dois empates seguidos, o pessoal estava faceiro. Agora, com a lesão de Damião, o futuro é sombrio. Até a vaga pra Libertadores ficou distante.
Mas tudo o que estou escrevendo agora pode ser usado contra mim se os dois times vencerem dois ou três jogos seguidos. É difícil, mas não impossível.
Na semana passada, escrevi que o Grêmio poderia deixar de ser coadjuvante para se tornar protagonista no Brasileiro. Hoje eu sei que o máximo de protagonismo que esse time montado pelos dirigentes do futebol tricolor, com respaldo de seu presidente, pode ter é na ponta de baixo da tabela.
A única esperança que vejo agora é Brandão entrar e mostrar que é muito melhor que André Lima, e que Miralles mostre de uma vez o futebol que justifique sua contratação por três anos.
Se esses dois, que ainda não jogaram uma partida inteira, mostrarem serviço, o Grêmio contará, então, com o ataque que não tem desde a saída de Jonas.
O Grêmio tem o segundo pior ataque do campeonato. Quem me lê sabe que cheguei a ser cansativo ao repetir, desde fevereiro, que o problema do time era basicamente a má qualidade de seus atacantes.
Lembro que na época critiquei muito o atual goleador do Brasileirão, hoje convocado pra seleção.
Se alguém se der ao trabalho de pesquisar, verá que Borges cometeu alguns jogos terríveis. Perdeu gols que ele dificilmente perde. Olhando para o passado recente desse jogador no Olímpico, e comparando com o que ele vem fazendo pelo Santos, mais fica reforçada minha impressão de que ele fez de tudo para ir embora, até jogar mal de propósito, cobrar pênalti como quem bate tiro de meta e dar cotovelada absolutamente inaceitável, provocando sua expulsão.
É a impressão que tenho e que vou guardar até o fim dos meus dias.
Esta, sim, é uma frase que eu considero definitiva.