O Grêmio de Luxemburgo continua sendo muito parecido com o de Caio Jr. O futebol que o time mostrou durante a maior parte do tempo contra o Cerâmica não transmite confiança nem para conquistar o returno do Gauchão.
A defesa continua vazando, a marcação no meio de campo segue vulnerável e o ataque permanece sendo o setor mais forte, mais eficiente. Tudo isso considerando a fragilidade do adversário.
Agora, há um divisor de águas, ou de mágoas. Facundo Bertoglio.
Esse argentino me devolveu a esperança. Em 15 minutos, ele mostrou o que se espera de um meia avançado: ousadia, destemor, drible, velocidade e, algo que é raro, inteligência e visão de jogo.
De cara, Facundo lembra o Escudero, tanto pelo futebol como no aspecto físico. A diferença maior é que Facundo além de ter movimentação, enfrentar a marcação e driblar, ainda consegue pensar.
Pode ser que mais adiante eu me decepcione com ele, mas acho difícil. O que nunca esperei de Escudero, espero agora de Facundo.
Facundo, até prova em contrário, tem lugar no time. Com ele, o ataque do Grêmio cresceu e chegou com mais perigo. Foram 15 minutos de muita presença na área do Cerâmica, com alguns lances muito bons do argentino. Para uma estréia, nota 10.
Ainda o meio de campo, setor vital para qualquer time: Marquinhos e Marco Antônio melhoraram em relação a si mesmos. MA fez o lançamento para Marquinhos sofrer pênalti e marcou o gol da vitória, mostrando frieza e técnica na frente do goleiro. Mas não tem condições de ser titular de um time que busca título nacional.
Gostei também do Gabriel, que melhorou em relação ao que vinha jogando. Kleber, de novo, excelente. Moreno entrou bem no jogo.
É importante Luxemburgo reavaliar a presença de Gilberto Silva na zaga. Se contra o cerâmica é problemático, imagine contra um time mais forte. Léo Gago, então, nem se fala.
Resumindo: o Grêmio com Facundo Bertoglio é um time que me dá esperança.