O Grêmio volta a investir em Alex, agora que terminou o campeonato turco. O Fenerbahçe perdeu o título no sábado no empate com o Galatasaray.
Foi o que coloquei no twitter ali pelas 19 horas. Muita repercussão. Alguns tuiteiros me perguntaram qual é a fonte. Ora, não posso revelar a fonte. Não atuo mais profissionalmente na imprensa, mas ainda sou jornalista.
Teve um gaiato que me provocou dizendo se ele chegaria com o Lugano, só porque tempos atrás postei que o Grêmio estava negociando para trazer o zagueiraço uruguaio. Não tenho culpa se os negócios não se concretizam.
Lembro que certa vez, repórter do Correio do Povo, publiquei que o Grêmio iria tentar a contratação de Edmundo. Foi logo após aquela tragédia no trânsito, que resultou em morte de pessoas inocentes.
Edmundo estava sem clima para continuar no Rio. Telefonei para o então presidente Fábio Koff para dar a ideia. Ele na mesma hora topou.
É claro que o CP deu a manchete, e a concorrência ficou alvoroçada. Foi no tempo em que dava muito furo, um atrás do outro, boa parte deles baseado apenas em intuição e dedução. Eu chamava a concorrência de peneira.
Koff tentou mesmo, mas não conseguiu. Edmundo foi jogar no futebol paulista.
Antes disso eu havia sugerido a contratação do Dener, em litígio com a Portuguesa na época, discussão sobre contrato. Eu conhecia um representante do Dener e ele me garantiu que o jogador aceitaria conversar.
Telefonei para o Koff – eu fazia setor do Grêmio sem sair da redação, um fenômeno -, que foi à luta e acabou contratando o Dener, um dos melhores atacantes que vi na vida. Era um jogador tipo o Neymar, de drible fácil, velocidade. Enfim, dava gosto ver jogar.
Hoje, aqui no Estado, não vejo ninguém que me motive a sair de casa e pagar ingresso. Aliás, nem de graça.
Alguns tuiteiros questionam por que Alex, se já tem Zé Roberto. Primeiro, qualidade nunca é demais. Além disso, os dois não são mais crianças.
Mas o principal é que eles podem e devem jogar juntos. O Zé Roberto pode jogar como articulador, mas ele é mais um volante/meia pela esquerda. Alex, sim, é um articulador de carteirinha, com registro na Associação Mundial dos Articuladores, que eu ajudei a fundar no meus tempos de guri.
A propósito, Marco Antônio teve seu pedido de registro negado pela AMA.
O fato é que o Grêmio precisa do Alex. Já imagino Fernando, Souza, Zé Roberto e Alex. Na frente, Moreno e Kleber.
Alguns colorados, nervosos com essa possibilidade, escreveram dizendo que o Grêmio está formando um time de velhos. Prefiro velhos de talento do que jovens enganadores.
GAUCHÃO E A GOETHE
O Inter conquistou merecidamente o título do Gauchão. Por enquanto, tem o melhor time do Estado. Se o Grêmio não tivesse perdido Mário Fernandes e Kleber talvez a história fosse diferente.
Mas foi merecido o título. O Caxias deu um susto nos colorados, mas eu não tinha dúvida de que no segundo tempo o Inter iria impor seu futebol e principalmente seu preparo físico, muito superior ao dos caxienses.
Destaque do jogo: Wangler, guri da base do Caxias. Jogou demais.
O Caxias fez como o Inter contra o Fluminense: perdeu com dignidade.
Acabei de passar pela Goethe. Fui levar minha mãe pra casa. Fui por ali pra conferir se haveria festa. A avenida estava quase deserta. Havia dois carros da BM e um grupo de 15 colorados. Nada mais.
Acho que os colorados perderam a única possibilidade de comemorar um título neste ano.
Brasileirão, com esse time, nem nos sonhos mais delirantes.