Luciano Davi está pela bola 7.
É um dirigente experimentado em vários setores do Inter, sempre com boa resposta. Tanto que acabou no futebol, o último degrau para chegar à presidência.
Davi pisou feio na bola ao defender o lateral Kleber, que ofendeu um torcedor colorado depois de ser cobrado no desembarque da delegação de Curitiba.
“Melhor que baixar a cabeça”, comentou o dirigente.
O jogador, ainda mais um sujeito calejado como Kleber, sabe que quem paga seu salário, um salário pra lá de generoso e muito além do futebol modesto que anda apresentando, é a torcida. E a torcida, pra quem não sabe, é o maior patrimônio de um clube de futebol. Engana-se quem pensa que é este ou aquele jogador, mesmo que seja um jogador do um investidor poderoso como o sr. Sonda.
Aquele torcedor que cobrou mais empenho, mais vontade, mais futebol, é o cara que sustenta esse circo milionário do futebol, um circo onde o palhaço, quando existe, está do lado de fora do picadeiro, é o torcedor que paga ingresso ou mensalidades na expectativa de ver seu time mostrando, pelo menos, muita vontade e indignação a cada jogo.
Luciano Davi teria de sair em defesa do torcedor, nunca do profissional que não soube manter o equilíbrio diante de um torcedor sofrido e revoltado pelo futebolzinho que o time apresentou contra um Coritiba desfalcado.
Então, Davi, ao reagir dessa forma, contribuiu para deixar o futebol colorado, voltando para algum setor do clube sem maior projeção pública.
Além disso, Davi insiste em contratar um diretor remunerado de fora, seria o do Coritiba mesmo. Esqueci o nome dele. Do outro lado, estaria Fernando Carvalho, querendo a volta de Chumbinho, seu fiel companheiro durante anos. Alguém tem dúvida sobre quem irá vencer esse duelo?
Enquanto isso, Fernandão, que confessou mal-estar como dirigente executivo de futebol, ao que tudo indica em breve fará suas malas, porque dificilmente resistirá a outro resultado negativo. Sua queda é questão de tempo.
Algo que pode ocorrer já no final de semana contra o Flamengo do seu ex-subordinado, o Dorival Jr. Ah, as ironias da vida.
Um confronto para assistir de camarote.
Pena que o Beira-Rio não tem mais camarote.