O Atlético deu um jeito de esquentar ainda mais o Gre-Nal. Virou o jogo contra o Botafogo em pleno Engenhão e transferiu a decisão pelo vice-campeonato e pela vaga direta à Libertadores para a rodada final.
Mesmo que o time mineiro tivesse perdido, o que daria a vaga ao Grêmio independente do resultado de domingo que vem, o Gre-Nal continuaria sendo importante para o momento e, principalmente, para a história.
O último Gre-Nal do Olímpico precisa ser vencido pelo Grêmio. É quase uma obrigação. Em termos de Brasileirão, talvez uma derrota garanta o segundo lugar, mas, na realidade, isso é o que menos interessa.
É importante entrar direto na Libertadores sem passar por dois jogos decisivos poucos dias depois da pré-temporada. Dá mais tranquilidade. Mas não é essencial.
Conheço muita gente que gostaria de ficar com essa vaga da pré-Libertadores da qual o Grêmio tenta escapar.
O Grêmio, de uma forma ou de outra, está na Libertadores de 2013, e isso é o que realmente importa.
O compromisso do Grêmio agora é com a história. Deixar o Olímpico Monumental com vitória é mesmo quase uma obrigação. Pra não dizer uma obrigação, uma questão de honra.
Esse time do Grêmio, com Luxemburgo no comando, tem um peso enorme sobre os ombros. Não adianta o treinador dizer que será uma semana normal. Que não será uma semana normal.
De hoje até a hora do jogo, Luxemburgo vai perceber que, por mais que se esforce, os dias que teremos pela frente não serão qualquer coisa, menos dias normais.
Para os gremistas começou uma contagem regressiva marcada pela emoção.
Para os colorados, resta o medo de levar uma goleada em função do futebol que o time vem jogando, mas existe, ainda mais forte, a esperança – e a esperança é o que move os torcedores nas horas, nos meses e nos anos ruins – de terminar o ano vencendo essa Copa do Mundo em que será transformado, gradativamente, o último Gre-Nal do Olímpico.
Decididamente, uma semana de decisão de ‘Copa do Mundo’ está longe de ser normal.
Só espero que Luxemburgo não prepare seu time para disputar um jogo normal.
Será um erro monumental, maior que o Olímpico.
A PENÚLTIMA RODADA
O Grêmio fez a sua parte com a eficiência que tem caracterizado sua participação no Brasileiro. Tinha pela frente um adversário de segunda divisão e o venceu. Mesmo fora de casa, venceu até com facilidade. Fez 3 a 0 no primeiro tempo, com Elano e Zé Roberto dando show, e no segundo administrou. Levou dois gols e antes que o Figueira se assanhasse demais Elano deixou Leandro livre na grande área.
O guri bateu forte, um golaço. Fiquei feliz que Leandro tenha feito essa belo gol, um gol importante àquela altura. Torço pelos oriundos da base. Ele nunca será titular do Grêmio, mas pode ser um jogador importante, como foi neste domingo.
Já o Inter completou quatro derrotas seguidas. Imaginava-se que o time renderia mais sem Fernandão no comando.
O time jogou mal de novo, mereceu a derrota.
A torcida vaiou. Eram uns cinco mil torcedores.
Está aí um aspecto positivo da reforma do estádio. De outra forma, seriam 30 ou 40 mil vaiando.
E aí a história seria muito diferente.
Agora, um alerta: é difícil um time grande completar quatro jogos oficiais com derrota. O que dirá cinco.