O Grêmio foi o Grêmio aguerrido, compenetrado e eficaz que todos os gremistas sonham. O resultado foi uma vitória de lavar a alma.
Quem poderia imaginar uma goleada por 3 a 0 sobre o Fluminense, um time forte – que tinha Deco e Thiago Neves no banco – e ainda por cima entrosado?
De brincadeira, aos colorados que me indagaram sobre o jogo, respondi que o Grêmio venceria por 3 a 0, três gols de Vargas.
Na verdade, eu acreditava que uma eventual vitória passaria pela velocidade do chileno. Mas Vargas foi decepcionante na maior parte do tempo. Não conseguia acompanhar o restante do time, nem tecnica nem intelectualmente. Questão de entrosamento, acima de tudo.
Mas depois dos 2 a 0, gols de Barcos – pra mim ele soqueou a bola com a mão direita – e André Santos, em impedimento que a arbitragem não percebeu, Vargas aproveitou uma das tantas bolas enfiadas por Barcos e fez o seu gol, o terceiro do meu prognóstico ‘irrita colorado’.
Na verdade, eu aceitaria de bom grado um empatezinho, ainda mais que o time Patolino perdeu em casa para o Caracas, 3 a 1, outro resultado inesperado na rodade.
Destaques do jogo: Barcos foi disparado o melhor em campo. Merece nota DEZ com louvor. Ele marcou, atacou, driblou, lançou. Enfim, um espetáculo.
Depois, Fernando, comprovando o quanto foi grave o erro de Luxemburgo em deixar esse guri de fora no jogo anterior para colocar Adriano.
André Santos aparece logo abaixo. Enfim, um lateral-esquerdo. Se Vargas estivesse mais entrosado, teria feito gol antes em jogada de André, que além de técnico, joga com inteligência. Sem contar que marcou muito bem e ainda apareceu de surpresa para fazer o segundo gol.
O restante do time esteve em nível elevado também.
Mérito do treinador Luxemburgo que soube extrair o máximo de cada jogador, armando um esquema eficiente, que neutralizou Fred e seus companheiros, para só depois mostrar as garras e buscar a vitória.
Uma noite marcante. Uma atuação impecável.
Uma vitória com a cara do Grêmio vencedor.
EVAIR
Antes do jogo, li em algum lugar que Luxemburgo queria fazer de Barcos o seu Evair, daquele tempo vitorioso do Palmeiras.
Evair dava assistências preciosas e ainda por cima empilhava gols.
Duvidei que Barcos pudesse fazer essa função, que exige inteligência, sabedoria, técnica superior e visão de jogo, além de força física.
Barcos hoje me lembrou mesmo o Evair. Luxemburgo conseguiu um novo ‘Evair’.