Se perder é ruim, perder por 2 a 0 e também jogando mal é péssimo.
Agora, se perder e ainda com gol ‘dele’, o quadro se torna trágico.
Se for com dois gols ‘dele’, então, tragédia, humilhação, raiva, muita raiva.
Perder por 2 a 0 para o Atlético Mineiro, que vinha cambaleando no Brasileirão e estava desfalcado de três titulares, com gols do inimigo público número 1 da nação gremista, é um duro golpe.
Um empate estaria de bom tamanho. Repetiria o Inter, que garantiu um 2 a 2 contra o Cruzeiro, mesmo jogando sem titulares importantes como Leandro Damião.
Até uma derrota seria suportável e aceitável, desde que não fosse com gol ‘dele’.
Independente de quem marcou os gols, o fato é que o Grêmio ficou devendo. Até aí nada de novo. O Grêmio está devendo desde o começo do ano.
O problema é que o time até que estava bem, dando sinais de que poderia melhorar, fazendo renascer a esperança que escorreu pelo ralo com a eliminação na Libertadores.
Afinal, o Grêmio tem um treinador especialista em pontos corridos. É o que se repete. Da mesma forma que tem um goleiro especialista em pegar pênalti, mas que neste domingo deixou escapar mais uma oportunidade de justificar essa fama.
Depois da calamidade que foi perder com dois gols do indivíduo que me recuso a dizer o nome, só me restar voltar à realidade e deixar de sonhar.
Sem um grande zagueiro e um meia ofensivo rápido para fazer a ligação com o ataque, não vejo nenhuma condição de o Grêmio disputar o título do Brasileiro.
E isso é o mínimo que eu entendo necessário para tornar a equipe realmente competitiva. Um lateral direito com mais qualidade no ataque seria bem-vindo.
Também é importante investir mais na base, dar oportunidade decente para um atacante goleador como Lucas Coelho, que pode ser o matador que o time precisa.
Hoje, ele entrou. O problema é que com ele entrou Welliton. Gostaria de ver o guri ao lado do Kleber ou do Barcos. Nunca formando dupla com Welliton, que até agora não justificou sua presença do clube – e duvido que um dia justifique. É mais um que vai para conta de Luxemburgo, onde já estão Cris e Fábio Aurélio, por exemplo.
Então, sem reforços, o Grêmio está fora da disputa pelo título e duvido que venha a ganhar vaga na Libertadores.
SELEÇÃO
Estive na Arena. Conversei com Dario, o Dadá Maravilha. Ele não gosta de Felipão, que, aliás, foi o mais aplaudido pelo público que lotou o mais bonito estádio de futebol da América Latina quando teve seu nome anunciado pelo serviço de alto falante. Dario prefere Parreira, gosto é gosto.
O Brasil venceu por 3 a 0, e foi merecido o resultado. Felipão mexeu bem no time após fazer 1 a 0. Reforçou o meio de campo, protegeu melhor a defesa e, de quebra, fez mais dois gols.
A seleção precisa melhorar muito, assim como a França.
As duas seleções perderam bastante em qualidade.
ARENA
Depois do espetáculo que foi ver a Arena lotada e tudo funcionando direito, fica cada vez mais complicado explicar para os de fora por que o lugar tão monumental não irá sediar jogos da Copa do Mundo.
Espero que os meios de comunicação que tanto abriram espaço para detonar a Arena, reservem algumas linhas e alguns minutos ao menos para enaltecer essa obra que já é um cartão postal de Porto Alegre.