Passo a passo do caminho que leva à demissão do treinador de futebol:
1 – após uma série de resultados insatisfatórios começam a surgir manifestações discretas de desagrado entre torcedores e cronistas esportivos, em especial os simpatizantes do clube em questão;
2 – diminuem os defensores do técnico, que passam a fazer críticas em tom crescente de irritação, destacando que depois de meses de trabalho o time segue mal organizado taticamente;
3 – a situação começa a ficar grave mesmo quando um dirigente afirma, logo depois de um resultado negativo, que o time tem potencial para render muito mais, numa crítica ao trabalho do treinador;
4 – o treinador, sentindo-se acuado e sob pressão, muda seu comportamento e começa a ser mais atencioso e gentil nas entrevistas mesmo depois de empate ou derrota;
5 – no jogo seguinte, depois de novo resultado frustrante, outro dirigente afirma que o treinador está garantido até o final da temporada, insistindo que o torcedor é passional e o dirigente precisa ser racional;
6 – o dirigente diz ainda que seria fácil jogar para a torcida e trocar o treinador, porque existem muitos bons treinadores disposição;
7 – o presidente do clube comparece a um treino simples logo após ao resultado negativo para mostrar que está ao lado do treinador e da comissão técnica;
8 – a situação começa a ficar insustentável quando após nova derrota e outra atuação ruim o presidente proclama com falsa serenidade que não há motivo para preocupação e que o treinador tem total confiança da diretoria e está PRESTIGIADO.
9 – pronunciada a palavra mágica, a senha mortal, a demissão é questão de horas, e pode ocorrer ainda no vestiário, na viagem de retorno ou após a chegada, por telefone ou pessoalmente.
10 – confirmada a demissão, todos lamentam, principalmente os jogadores, todos ficam chorosos, repetindo que o ‘professor’ não tinha culpa pelos maus resultados.
A descrição acima pode sofrer variações de forma e conteúdo, inclusive com algumas etapas sendo queimadas, mas em linhas gerais é o que costuma acontecer.
Qualquer semelhança…
PAIXÃO
Interessante a entrevista de Paulo Paixão à Guaíba no final da tarde desta sexta-feira. Ele diz que no primeiro gol do Vitória o jogador entrou para dividir a bola e teve sorte. Na verdade, o jogador já foi determinado a encobrir o goleiro colorado, até como último recurso na jogada.
Mas o principal é que Paixão ficou ao lado de Renato Portaluppi, ao afirmar que o importante é vencer e não jogar ‘bonitinho’. Com isso, contraria o D’Alessandro. Paixão ainda lembrou do Barcelona que perdeu para o Bayern. Os vitoriosos é que entram para a história, concluiu Paixão.
O preparador colorado ainda comentou que o time do Inter tem faixa etária elevada, o que pode influenciar no rendimento físico da equipe especialmente contra equipes jovens como a do Vitória.
HOMENAGEM
Belo texto do Mauro Beting sobre o Grêmio:
http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/
FÉRIAS
Domingo estarei me retirando por uns dias, uma semana mais exatamente.
Se eu conseguir largar por alguns instantes a água de coco, a caipirinha, o chopp e os petiscos à beira-mar, à sombra dos coqueirais, prometo dar uma atualizada no blog.
A chave do boteco deixo com o Francisco, aquele ranzinza que fica lá no canto, na última mesa à direita, empinando um 12 anos, sempre se vacinando contra eventuais novas frustrações no futebol.
Comportem-se.