O gol de Barcos foi o que de melhor aconteceu na Arena.
O primeiro tempo foi doloroso. Confesso que me vi numa cadeira de dentista. Extração de dente sem anestesia. É a imagem que faço para o futebol dos dois times, em especial o Grêmio, que só foi concluir a gol aos 40 minutos, chute do Lucas Coelho.
O Corinthians ameaçou mais que o Grêmio, que jogava em casa, diante de sua torcida. Quer dizer, pior que isso só mesmo uma extração de dente sem anestesia.
Fui para o intervalo pensando que só mesmo um milagre salvaria o Grêmio de um 0 a 0, sim porque não conseguia imaginar o Corinthians fazendo gol também.
Antes do jogo, pensava que o ideal seria começar com Maxi e Barcos na frente. Iniciar com Lucas Coelho foi uma surpresa para mim, mas se pensarmos em termos de atacante não havia coisa melhor no banco.
O Paulinho, que entrou no final, é um Leandro piorado. Vai direto do junior para os veteranos sem escala.
Pois Maxi Rodriguez começou o segundo tempo, saindo um zagueiro. Renato está ficando mais ousado. A dor ensina a gemer, já dizia meu pai.
E foi de Maxi o lançamento para Barcos fazer o gol. O grande mérito no lance não foi de Maxi, mas sim de Barcos.
Um lance difícil. Não é para qualquer um dominar aquela bola no peito, colocando-a submissa para o arremate. É coisa de centroavante talentoso.
O chute cruzado no contra-pé do melhor goleiro do Brasil, disparado, foi certeiro, preciso como a broca do dentista no dente cariado. Com anestesia, claro.
O importante é que o Grêmio venceu, somou três pontos, como o Cruzeiro, que bateu o Flu.
O Atlético PR empatou e o Botafogo joga hoje.
Já o Inter ficou no empate. O que não deixa de ser bom resultado.
Agora, vamos para o Gre-Nal. Este sim é um jogo sempre tão tenso e sofrido que nem anestesia resolve.