A propósito do debate público entre o presidente multicampeão, Fábio Koff, e o ex-presidente Paulo Odone, que entra para a história – para o bem e para o mal – como maior responsável pela construção da Arena e demolição do Olímpico, quero deixar muito claro, mais uma vez, que estou preocupado. Muito preocupado. Quase desanimado.
O pior é que eu e muita gente previmos que esse momento chegaria e que o clube Grêmio passaria por um longo período de turbulência a partir do contrato firmado com a empreiteira OAS, que, é claro e está no seu direito, nunca joga pra perder.
Se a OAS não ceder e revisar alguns pontos do contrato, a situação ficará muito, muito difícil. Se ela continuar intransigente e arrogante, desde já, proponho que nenhum gremista compre os imóveis que serão erguidos pela empresas às centenas. Que fiquem vazios, sem compradores.
Bem, seguem agora dois textos que escrevi no meu antigo blog, quando ainda trabalhava no Correio do Povo, há quase cinco anos.
Confesso que não me lembrava deles, mas sabia que havia opinado sobre o negócio. Infelizmente eu não estava muito errado. Mas acho que exagerei no titulo do primeiro. Confiram:
17/12/2008
Atestado de óbito Os fatalistas não deixam por menos: a assinatura do contrato (lido por poucos e comentado por muitos) para construção da Arena vai selar o começo do fim do Grêmio. A morte do Grêmio. O pessoal de um blog já fez até convite para o sepultamento. Não acredito que seja para tanto, mas depois do terremoto causado pelo contrato com a ISL (até hoje o clube sofre os efeitos da herança maldita) todo cuidado é pouco. Por isso, é inaceitável essa pressa. Inventaram a história da Copa do Mundo para acelerar o processo. O que menos importa é erguer um estádio para sediar jogo da Copa do Mundo. Parece que agora as coisas estão andando num ritmo mais lento, o contrato misterioso é analisado com calma e, principalmente, seriedade. Sei que tem muita gente séria debruçada sobre o documento. Por isso, acredito que no final tudo vai dar certo. Se houver algum problema, esse grupo vai vetar o contrato. Fiquei sabendo, por exemplo, que se a construtora, famosa por abocanhar muito grana de sucessivos governos daqui e do exterior, falir, a Arena ficará para pagar os credores. O Grêmio, então, ficaria sem Arena, sem Olímpico, sem nada. Confio que os conselheiros atentem para esse tipo de coisa, entre outros tantos aspectos que ficam nas entrelinhas. Caso contrário, podemos começar a escrever o atestado de óbito e nele colocar todos os nomes dos responsáveis pela morte, um por um. Escrito por Ilgo Wink às 22h11 |
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