Com Barcos em tarde inspirada, o Grêmio aplicou 3 a 0 no Juventude e garantiu que o jogo da semifinal seja na Arena. Grêmio e Brasil empataram em número de pontos, 29. No saldo de gols, o Grêmio conseguiu escapar do caldeirão do Bento Freitas.
A escalação de titulares na maior parte dos jogos é que leva o Grêmio a ter essa vantagem. E isso mostra o acerto da direção em manter o foco também no Gauchão, ao contrário de temporadas anteriores. Um ponto a menos que fosse, e o jogo das semifinais do Gauchão seria em Pelotas.
Como se sabe, Juventude, Brasil e Caxias, entre outros, crescem quando jogam em casa. Fora, normalmente se tornam presas fáceis da dupla Gre-Nal. Os jogos serão na quarta-feira.
No sábado, o Inter sofreu um pouco, mas acabou fazendo 3 a 1 no Cruzeiro. O Brasil penou mais, mas passou pelo Novo Hamburgo por 2 a 0. Na sexta-feira, o Caxias, nos pênaltis, após 20 cobranças empolgantes, garantiu a classificação em cima do Veranópolis.
Então, o campeonato se encaminha para ser decidido entre Grêmio e Inter. O Inter tem a vantagem de disputar o segundo jogo do clássico em sua casa, seja ela qual for.
Os destaques da dupla na rodada foram dois estrangeiros. O chileno Aranguiz fez dois gols e tirou o Inter do sufoco no jogo, confirmando que é uma grande contratação.
Neste domingo, o argentino Barcos lavou a alma e mostrou que se na Libertadores é um pirata de perna de pau, no Gauchão é um imperador. Marcou três gols e assumiu a artilharia da competição.
O desempenho de Barcos acompanhou a atuação do time, que se impôs ao natural sobre o Juventude, time de campanha vacilante no campeonato e que havia crescido com Roger no comando. Barcos foi o centroavante que toda a torcida espera ver assim também na Libertadores.
No final, o técnico Enderson reclamou que o time deu facilidades ao Juventude, que chegou a ameaçar um pouco. Não vejo motivos para maiores preocupações. Com a vitória praticamente confirmada, o relaxamento é normal, principalmente porque o time vinha de um jogo muito difícil pela Libertadores.
De qualquer modo, Enderson está certo: contra um adversário mais qualificado os erros de marcação podem ser fatais.