O maior fiasco da Seleção Brasileira

O técnico Felipão se mostrou arrogante na entrevista coletiva depois dos 7  a 1, o maior fiasco da Seleção Brasileira em todos os tempos. Foi o Mazembe Day do Brasil.

Felipão disse que não se arrepende de nada, que fez tudo certo dentro das circunstâncias, etc.

Essa mesma arrogância se viu na equipe armada por Felipão. Ele começou o jogo contra a equipe mais organizada e entrosada do Mundial com três atacantes, um meia e apenas dois volantes.

Assim ficou fácil para a Alemanha conquistar o meio de campo e a partir daí chegar na cara de Júlio César.

Faltou humildade a Felipão. A humildade que lhe sobrava quando armava um time compactado, preocupado primeiro em não perder para depois tentar a vitória.

Faltou também competência para avaliar o real potencial do seu time.

Diferente de muitos oportunistas que agora dizem que tudo está errado e que até antes da histórica goleada pareciam tão felizes, eu há tempo escrevo que Felipão deveria voltar a ser Felipão, aquele vitorioso, humilde e compenetrado. É só olhar nos arquivos do blog.

Por exemplo, no dia 23 de junho, quando todos comemoravam a goleada sobre Camarões, eu escrevi o seguinte, destacando a fragilidade defensiva brasileira:

“A goleada de 4 a 1 sobre Camarões deve ser comemorada, mas não pode mascarar uma realidade: o sistema defensivo como um todo é uma gloriosa peneira.

Camarões, a pior seleção do torneio, entrou com facilidade na área no primeiro tempo. Felipão, atento, percebeu isso e corrigiu. No segundo tempo, os africanos quase não ameaçaram, enquanto o Brasil, com e também sem Neymar – outra vez o grande destaque – continuou criando chances de gol.

O Brasil tem dois laterais inconfiáveis em termos defensivos, em especial o Daniel Alves. No lance do gol africano, ele foi driblado. O Pará não faria pior. O problema é que Maicon não tem treinado bem, segundo o noticiário.

Com dois laterais tão instáveis, é uma temeridade jogar apenas com dois volantes. E isso está aparecendo até contra adversários de porte menor”.

A diferença entre o primeiro tempo contra Camarões e o de hoje, é que os alemães raramente desperdiçam as chances de gol que criam.

Felipão não viu que seu esquema era vulnerável atrás e pobre ofensivamente com o Fred ou Jô.

Eu vi e escrevi sobre isso muito antes da tragédia deste histórico 8 de julho de 2014.

Defendi sempre um esquema mais cauteloso, de maior resguardo.

Bem, agora vamos ver se minha avaliação se confirma. Se Brasil e Alemanha fizeram uma final antecipada, conforme frisei, desde já comemoro a conquista alemã domingo, no Maracanâ.

Nada será mais justo.

PARREIRA

Quando vi Parreira na comissão técnica anunciada pela CBF, lá no início dos trabalhos, imaginei que o trabalho não daria certo.

Felipão e Parreira são como água e azeite, não se misturam.

Talvez esse fracasso monumental comece por aí. Talvez.

COPA DAS COPAS

E assim termina, para o Brasil, a Copa das Copas. Ninguém vai esquecer. Jamais.

Aqueles que esperavam tirar proveito eleitoral da tal Copa das Copas terão agora que explicar e justificar todo o dinheiro público gasto com a competição. E, principalmente, inventar alguma coisa para que algumas arenas faraônicas erguidas em locais em que quase não há futebol não ficarem ociosas pelo menos até a eleição.