Tite teria respondido que não aceitar treinar o Grêmio. Se é verdade, ele está fora.
Resta Felipão. Não há registro de negativa de Felipão, portanto ele continua na lista.
Está na ponta de cima, mas ao contrário de Tite não é unanimidade.
E Felipão sabe disso, a não ser que tenha se abrigado em algum mosteiro para repensar sua vida.
Deve ser duro para o sujeito que até pouco tempo estava por cima perceber um índice significativo de rejeição por parte da torcida a qual deu tanta alegria duas décadas atrás.
Felipão, pelo jeito, se mantém em silêncio. Deve estar mordido por ser o segundo na parada de sucesso entre os gremistas.
Ele gostaria, claro, de ser aclamado, como seria em outros tempos.
Hoje, se Felipão responder sim, a maior parte da torcida vai festejar, mas já sem o mesmo entusiasmo. Outros vão insistir que ele está acabado ou, remoendo mágoas e rancores, criticar o tempo que ficou distante do clube que diz amar.
Eu receberia Felipão de braços abertos, feliz, empolgado até.
Mas não nego que prefiro Tite.
Felipão é a segunda opção. E isso deve estar mexendo com ele.
Saindo Tite, Felipão assume a liderança e talvez até se aproxime da unanimidade depois que a torcida se der conta dos nomes que restam.
Quando e se isso ocorrer, é capaz de Felipão aceitar.
Agora, a tarefa da direção é das mais espinhosas.
Só espero que o critério para contratação seja técnico, não político, sem preocupação eleitoral.
ESTRANGEIRO
Sou contra técnico estrangeiro neste momento. Para um começo de temporada, sim. Em meio a uma competição que reserva quatro vagas para o rebaixamento, nunca.
O argentino que treina o Palmeiras já perdeu três seguidas. Bateu o desespero lá.
O argentino está tentando montar uma equipe, trocando pneu com o carro andando.
O estrangeiro que viesse para o Grêmio agora faria o mesmo. Não tem como dar certo.
Bem, sempre tem o Renato Portaluppi de plantão para salvar de novo. Seria pela terceira vez.
CAPITÃO AMÉRICA
Entre os nomes que restam, penso que o Adilson Batista seria uma alternativa interessante.
Com ele, Valdir Espinosa como coordenador de futebol.
Adilson e Espinosa: dois vencedores identificados com o Grêmio.