O Inter está obcecado em conquistar o Campeonato Brasileiro. Afinal, são 35 anos de jejum.
Só essa ideia fixa pelo tetra nacional pode explicar o silêncio da direção colorada diante da postura do técnico Abel Braga, que já deixou muito claro que tanto a Copa do Brasil como a Sul-Americana são estorvos, só atrapalham a corrida pelo título do brasileirão.
Ele chegou a comentar que só foi campeão brasileiro com o Fluminense porque, como faz agora, deixou em segundo plano outras competições.
O foco foi sempre o Brasileirão, e ele chegou lá.
Agora, repete a estratégia no Inter, imagino que com a benção da diretoria. Se for um ato de rebeldia, Abel está pela bola 7.
São dois vexames seguidos. Duas derrotas em casa para equipes inexpressivas. O Bahia, que bateu o Inter por 2 a 0 em pleno Beira-Rio, também estava com muitos reservas.
Devo concluir que o grupo dos baianos é melhor que o do Inter? Claro que não, mas é o que o resultado aponta.
Os resultados diante do Bahia e do Ceará apontam ainda como o Grêmio foi incompetente nos clássicos. Todos ganham do Inter, menos o Grêmio.
Mesmo que Abel e a diretoria estejam alinhados nessa ideia fixa de conquistar o Brasileirão e relegar competições paralelas, a torcida não concorda.
Nem foi consultada. E é ela quem mantém o clube e os salários milionários pagos a jogadores que a todo momento são poupados de um ou de outro jogo.
A torcida colorada já está pedindo a cabeça de Abel.
Uma derrota para o Palmeiras neste final de semana, aí pelo Brasileirão, pode mergulhar o clube em crise profunda.
Então, me antecipando, lanço o nome de Lisca, técnico competente e que merece uma oportunidade num clube grande para mostrar seu valor.
Foi isso que li e ouvi à exaustão quando o Grêmio tentava Tite e Felipão.
Parte expressiva da crônica esportiva insistia em sugerir Lisca e também Celso ‘toc-toc-toc’ Roth.
Roth está desempregado e Lisca não sei.
Por onde anda o técnico Lisca?