Ataque do Grêmio volta a falhar

É incrível a incapacidade do Grêmio para fazer gol. Mais incrível ainda é capacidade extraordinária de não aproveitar escanteios.

Não me refiro a fazer um golzinho de escanteio, mas de ao menos obrigar o goleiro a fazer uma defesa. Nem isso. Entra escanteio, sai escanteio, e nada.

E não é por falta de jogadores altos.

Para um time que já teve Arce cruzando e Jardel cabeceando… Felipão precisa resolver isso, e logo.

Soube que ele anda treinando finalização com Dudu. Vamos ver se resolve.

No jogo desta noite na Arena, mesmo com toda a tensão envolvendo a volta do goleiro santista, o Grêmio até que fez um primeiro tempo bom. Teve o controle do meio de campo, Grohe não trabalhou e o time criou duas chances de gol. Ambas com Lucas Coelho, que entrou de última hora no lugar de Barcos, lesionado.

Lucas obrigou o goleiro a uma defesa difícil e em outro lance acertou a trave direita, depois de grande lançamento de Luan.

No segundo tempo, os dois times pouco criaram ofensivamente. O Santos mais preocupado em garantir o empate e o Grêmio sem qualidade para chegar ao gol.

Não gostei da saída de Luan. Felipão deveria ter sacado Dudu, que já estava errando passes, mostrando cansaço.

Luan não tem entrega de Dudu, mas ao menos sabe o que fazer com a bola.

Não entendi também a saída de Felipe Bastos, que até não fazia boa partida, mas é um jogador mais criativo e como o time precisava ganhar deveria ser mantido, sacando Ramiro, que já tinha amarelo. Só de Felipe Bastos sentiu alguma lesão.

Depois, Felipão investiu em Fernandinho. Atacante que tem no drible sua maior virtude, perdeu todas as investidas sobre a marcação. Todas, isso que ele estava descansado, diferente dos zagueiros que tomaram um suadouro com Dudu.

Diante disso, dessa imensa dificuldade de fazer gol, o Grêmio chegou ao seu limite: ficar ali pelo quinto ou sexto lugar.

Que venha logo 2015.

O GOLEIRO

O goleiro santista, que tem como ponto mais destacado de sua trajetória ter levado oito gols do Barcelona e agora esse triste episódio de racismo, saiu de campo reclamando das vaias. Disse que era uma ‘vaia diferente’.

Sim, era uma vaia rancorosa, raivosa.

Ele esperava o que, um buquê de flores, ou que a torcida jogasse pétalas de rosa quando ele entrasse em campo?

Ele chegou a comentar que esperava mesmo ser recebido de outra forma.

Eu ainda acho que o melhor seria fazer silêncio e ignorar a presença dele.

Silêncio e indiferença, é o que ele merecia.

Fora, claro, um balaio de gols.