O Grêmio foi melhor que o Fluminense. Mereceu vencer, inclusive acertando duas bolas na trave.
Sem contar um ou dois pênaltis a favor do Grêmio, devidamente ignorados pela arbitragem do sr Heber Roberto Lopes.
Para um time que, segundo especialistas em negativar o Grêmio, joga ‘por uma bola só’, a equipe montada por Felipão em tão pouco tempo segue criando chances de gol. Seu aproveitamento, contudo, é pífio.
Mas ao menos o time cria oportunidades. Falta ajustar a pontaria.
Depois de dominar durante boa parte do jogo, o Grêmio acabou levando uma pressão e Marcelo Grohe de novo foi decisivo, confirmando sua excelente fase e contribuindo para reforçar o coro dos que clamam por sua convocação à seleção, o que seria péssimo ao time.
Sem ataque e sem seu grande goleiro o Grêmio ficaria muito mal.
Perto dos 40 do segundo tempo, Dudu foi ao fundo como poucos jogadores consegue no brasileirão e cruzou na medida para Barcos. O argentino, que é um misto de armador com centroavante, dominou tentando ajeitar para o chute, mas a bola escorreu e ficou nas mãos do goleiros.
A TV filmou a reação de Felipão à beira de campo. Acho que eu, ele e toda torcida gremista pensamos a mesma coisa:
– Ah, se fosse o Jardel.
O tempo passou e Jardel, centroavante de carteirinha, hoje é candidato nas eleições. Poderia ser o contrário: Barcos na política e Jardel em campo.
O Grêmio, mesmo com o empate, ingressou no G-4.
Ah, o empate com o Flu no Maracanã, em princípio, é sempre bom resultado.
INTER
Já o Inter assumiu o segundo lugar. Bateu o Criciúma por 3 a 0 sem maiores dificuldades.
No entanto, as projeções dos otimistas de plantão não se concretizaram na íntegra. Havia quem projetasse que o Cruzeiro tropeçaria em Coritiba e o Inter venceria, o que daria novo alento aos analistas colorados.
O problema é que o Cruzeiro tem uma equipe muito forte e um banco de qualidade. Bateu o Coritiba por 2 a 1, fora de casa.
Um dos gols marcado por Moreno, centroavante de verdade bancado pelo Grêmio.
O futebol também tem suas ironias.