Até Bruno Rangel saltar completamente desmarcado e fazer o gol que deu a vitória à Chapecoense nenhum gremista estava aceitando o ponto fora de casa, ainda mais no embalo de uma bela sequência de cinco vitórias.
Ai do Roger Machado se tentasse fechar mais o meio de campo e garantir o empate amigo! Eu mesmo só pensava numa coisa naquele momento, antes do gol: os três pontos. Ficar satisfeito com um empate contra o modesto clube catarinense? Nunca! Nunquinhas!
Nos minutos que se seguiram, diante da palidez ofensiva tricolor, tudo o que os gremistas queriam era aquilo que pouco antes desprezavam com todas as suas forças: o pontinho fora.
O futebol tem dessas coisas, aparentemente contraditórias. Faz parte. O torcedor sempre quer a vitória, e só admite o empate quando a derrota se aproxima com cara de inevitável.
O técnico gremista errou ao substituir Luan, a não ser que o meia/atacante estivesse sentindo alguma lesão. Pouco antes ele havia sofrido uma falta e ficou estendido no gramado.
Se foi opção técnica/tática trocar um lapidador de diamantes pelo força bruta de Mamute estamos diante de um erro. Mamute deveria ter entrado no lugar de Pedro Rocha. Ou, se o negócio era mesmo apostar todas as fichas na vitória, trocar pelo Edinho, que passou o jogo trotando diante da área. Alguém lembra de um desarme do Edinho? Deve ter ocorrido, claro, mas eu não lembro. Roger poderia ter colocado, também, o Mamute no lugar de Douglas, que foi bem marcado e quase não teve espaço para enfiar a bola, e quando o fez errou. Agora, nunca sacar Luan para colocar Mamute.
Depois, Braian e Fernandinho. Substituições naturais diante das circunstâncias. Mas que não deram resultado, até pelo pouco tempo que eles tiveram para jogar, e quanto o time realmente já não acertava mais nada diante de um adversário que armou um ferrolho na frente da área.
Foi uma derrota evitável. Pelo primeiro tempo, era possível sair vencedor. Num lance só a bola encontrou a trave duas vezes. Mas no segundo tempo o time não se achou em campo. Marcelo Grohe fez duas defesas milagrosas. Depois, não conseguiu o evitar o cabeceio/chute de Rangel, um centroavante aipim, ou mandioca que está mais na moda depois da saudação da presidente Dilma. O gol foi a prova de que um centroavante mandioca quando bem explorado pode fazer toda a diferença.
Sábado, é dia de fazer o Vasco do nosso ‘amigo’ Roth pagar os três pontos perdidos em Chapecó. Wallace, que fez muita falta, estará de volta. O problema é Rodolpho, que está mesmo indo embora.