Com mais seis jogos o Grêmio poderá festejar o penta – neste ano do ‘cinco’ – da Copa do Brasil. Poderá conquistar um título nacional depois de 15 anos, mas a julgar pelo que vi nos últimos jogos acho muito difícil chegar à final do torneio.
O Grêmio caiu de rendimento depois dos 5 a 0 no Inter e da vitória eloquente sobre o Atlético Mineiro na casa do rival.
Já não é mais aquele time que empolgou e que fez o torcedor sonhar até com o Campeonato Brasileiro. Há muito tempo venho alertando que o Grêmio, pelo time e pelo grupo que tem, pode ambicionar duas coisas: uma vaga na Libertadores no Brasileirão e o título da Copa do Brasil.
São poucos os clubes com essas possibilidades. Portanto, o Grêmio está hoje num grupo de elite. O que não é pouco levando-se em consideração que até algumas semanas atrás havia muita gente com calculadora na mão para ver quantos pontos faltavam para escapar do rebaixamento.
Todos aqueles que temiam pela queda para a segundona devem estar hoje soltando foguetes, porque a ameaça já não existe. Pelo contrário, o Grêmio está na ponta de cima e liderando um certo campeonato só nosso: o campeonato Gre-Nal. Sei, é uma coisa menor, mas terminar o Brasileirão na frente do rival tem praticamente o peso de um Gauchão.
A competição do Grêmio, aquela que pode levar a um título importante e, de lambuja, a volta à Libertadores, é a Copa do Brasil. O Corinthians, favoritaço agora ao título do Brasileirão, fez a sua opção: abriu mão da Copa do Brasil. Acabou eliminado. Tite deve estar festejando secretamente.
Já o Grêmio claramente, ao menos para mim, está jogando todas as fichas – sem descuidar completamente do brasileirão – na CB. Tanto que poderia ter poupado dois ou três titulares com evidente desgaste – é o caso de Giuliano, dúvida até a última hora. Ao escalar Giuliano o Grêmio mostrou que vai com tudo na Copa do Brasil. O que interessa é um título, não uma vaga.
Eu cheguei a pensar que Giuliano e/0u Douglas poderiam ser poupados. Felizmente o técnico Roger colocou em campo o que há de melhor. Se com força máxima – sem Maicon, lesionado -, o time sofreu para vencer o mistão do Coritiba, imagino como seria sem Giuliano, por exemplo.
Feitas essas considerações, vejo que o Grêmio terá vida curta na CB se em algum jogo contra adversário mais qualificado que o Coritiba – Figueirense e Vasco são os únicos que destoam entre os oito classificados – estiver desfalcado de jogadores como Luan, Giuliano e/ou Douglas.
Mais uma vez o Grêmio teve uma atuação preocupante. Venceu por 3 a 1, mas não convenceu.
Não gosto de ver Fernandinho começando o jogo. Pedro Rocha fecha melhor o esquema. Ah, mas ele conclui mal. E o Fernandinho, conclui bem? O melhor Grêmio do ano teve Pedro Rocha no ataque. Fernandinho é uma arma importante para entrar no segundo tempo. Espero que Roger recupere essa ideia.
No mais, é torcer para que nos jogos da CB o Grêmio esteja sempre com sua força máxima. Aí, o título será possível.
Domingo, 11h, na Arena, o Grêmio pega o Coritiba, que vem com sua melhor formação porque luta para não cair. Pelas dificuldades que o time titular do Grêmio teve nesta quinta-feira, acho difícil uma vitória.
O Inter, por sua vez, bateu o Ituano: 2 a 1. Sem muito esforço. O adversário é mesmo muito fraco. O gol do Ituano termina com essa lenga-lenga da mídia esportiva gaúcha, que já falava em cinco jogos sem sofrer gol. Esse discurso morreu.
Na segunda-feira, sorteio para definir os jogos da CB. Pode dar até Gre-Nal.