O Grêmio bateu o Fluminense por 1 a 0 com toda a justiça. O Inter, como se previa, penou em Chapecó e, também com justiça, foi batido por 1 a 0.
Não assisti aos jogos porque, pra variar, fiquei sem energia elétrica em função da chuva forte que castigou Porto Alegre mais uma vez.
Vi os compactos. Pela amostragem, fica clara a superioridade gremista. O mesmo em relação à Chapecoense, com direito a um showzinho extra do D’Alessandro.
O argentino, aparentemente, se esforçou para ser expulso e ficar fora do Gre-Nal. O discurso do ‘vestiário fechado’ não pode ser aplicado a esse Inter, que chega aos frangalhos para o clássico de domingo.
Muito diferente do Grêmio. O time de Roger, que renovou contrato por dois anos – outra medida acertada do presidente Romildo Bolzan -, vai para o Gre-Nal como favorito, apesar do fator local e de todas as dificuldades que as forças públicas impõem à torcida tricolor para ter acesso ao estádio.
É jogo para somar três pontos, mas sempre respeitando o adversário. Afinal, Gre-Nal é Gre-Nal, e vice-versa. Tudo pode acontecer.
Por exemplo, Vitinho, que errou todos os chutes na Arena Condá, pode acertar um logo de saída, e aí a situação complica.
Respeito ao rival, seja qual for, é o primeiro passo para vencer.
Agora, o presidente Romildo não precisava dizer que assina embaixo por um empate. Sei, é um discurso politicamente correto, e não tenho dúvida de que o Grêmio vai jogar para vencer. É preciso aproveitar este momento ruim do colorado.
Os gremistas, a bem da verdade, esperam outra goleada, sonham com isso. Os colorados temem o pior.
Por isso, repercute mal em boa parte da torcida essa ‘humildade’ do presidente gremista, sugerindo que ficaria feliz com um empate.
Não ficaria, não. Romildo é torcedor e também quer a vitória na casa vermelha.
Mas, acima de torcedor, ele é o presidente do clube. Qualquer frase mal posta no sentido de enaltecer o favoritismo do Grêmio dará munição a certos setores, que saberão tirar proveito de alguma escorregada verbal do presidente para incendiar o vestiário rival e inflamar a torcida ‘red’, criando um clima ainda mais belicoso.
Este é um momento em que as palavras devem ser bem pesadas antes de lançadas ao ar.
Afinal, não existe maior grenalização do que o próprio Gre-Nal.
FRED
Fred quase fez outro gol de cabeça no Grêmio, dentro da Arena. Seria o segundo em dois jogos seguidos. A bola bateu na trave. Foi talvez o único susto que a torcida sofreu no jogo.
Destaco esse lance porque vi um absurdo: Ramiro marcando Fred. Sim, o gremista mais próximo de Fred nesse lance era o Pequeno Grande Volante, que Roger chama de Pequeno Gigante.
De todos os jogadores do Grêmio o único que decididamente não está apto a disputar bola pelo alto com Fred é Ramiro.