O Grêmio nitidamente elegeu sua prioridade em termos de reforços.
Primeiro, garantir a renovação de Geromel e Maicon. Com menos esforço, também a de Gallardo, que, bem ou mal, foi um dos melhores laterais do Brasileirão, o que não é pouca coisa.
Gallardo não é o lateral dos meus sonhos, tampouco dos meus pesadelos. Num time ajustado e com melhores valores individuais ele até pode encaixar. Agora, seu custo deve ser compatível com seu futebol.
É importante começar a temporada com uma base definida. Por isso, esse esforço para manter a equipe atual com dois ou três acréscimos de muita qualidade. Jogadores para a titularidade inquestionável, ao menos teoricamente. Na prática, as vezes, um jogador desconhecido dá uma resposta superior ao de uma estrela.
A segunda prioridade parece ser mesmo a contratação de uma liderança dentro de campo. E o nome escolhido é o de Henrique.
O fato de ele ser polivalente contribui para esse interesse, mas o que pesa mesmo, a meu ver, é que Henrique é aquele jogador que tem faltado nos últimos anos ao time. Alguém com voz ativa, capaz de reerguer o moral da equipe nos momentos ruins de um jogo. Alguém capaz de sacudir os companheiros não apenas com gestos e gritos, mas principalmente com o seu exemplo de luta, de garra, de indignação.
O Grêmio não tem um jogador assim.
A montagem do Grêmio para a Libertadores começa por aí: manutenção da equipe atual, dentro do possível, e a contratação de um líder.
O atacante goleador e o meia talentoso ficam em terceiro lugar na lista das prioridades.