Aconteça o que acontecer, o Gre-Nal 410 já está consagrado como o ‘Gre-Nal do trator’.
Não adianta boa parte da imprensa local ignorar ou amenizar a frase do técnico Argel sobre passar o trator por cima do Grêmio.
Vazou no whats:
– Boa meu guerreiro, cheguei agora, estamos trabalhando bastante. Amanhã treinamos de manhã. Quem sabe amanhã à tarde eu dou uma passadinha aí. Vamos ver como está meu tempo, até porque estamos em uma correria. E domingo, se Deus quiser e Deus quer, a gente arruma a casa e passa o trator por cima dos caras – diz o técnico, no áudio.
Hoje, numa coletiva, o técnico colorado minimizou a declaração e praticamente deu uma ordem no sentido de que a frase não seja valorizada.
– Vou falar uma vez sobre um áudio vazado. A nossa responsabilidade é ganhar o clássico, precisamos buscar recuperação no campeonato, jogamos em casa. Não vamos supervalorizar esse tipo de conversa – afirmou o técnico.
É impressionante como a ‘ordem’ de Argel está sendo cumprida. Mas só Abaixo do Mampituba.
Quando vazou o episódio das ovelhinhas ninguém se preocupou em abafar por esse ou aquilo motivo, como acontece agora.
Recentemente tivemos o caso em que o filho do eterno presidente Fábio Koff dá um pau no futebol do Grêmio, na época com Rui Costa no comando.
Outro episódio explorado exaustivamente pela mídia gaudéria.
A esse respeito vale a pena ler o texto abaixo, publicado no face hoje pelo jornalista Sérgio Schueler, ex-assessor de imprensa do Grêmio:
“APRESENTADORES DA RÁDIO GAÚCHA BRIGAM COM A NOTÍCIA?
Hoje pela manhã estava ouvindo o programa Gaúcha Hoje quando o apresentador Antônio Carlos Macedo e o comentarista Sílvio Benfica (não) repercutiram um áudio do treinador colorado Argel, que vazou nas sociais. Qual não foi minha surpresa quando ouvi dos dois profissionais que o tal áudio não merecia repercussão. Benfica chegou dizer que iria “trabalhar” outros aspectos do clássico. Macedo argumentou que a divulgação do referido áudio poderia acirrar os ânimos, podendo fazer com que a violência chegasse ao clássico.
Na minha opinião ( a diferença entre um balde de cocô e a minha opinião é apenas o balde) os dois experientes e talentosos profissionais abriram mão do jornalismo. O fato de o áudio vazado ter sido uma conversa privada entre o treinador colorado e um amigo não o invalida como notícia. Quanto ao argumento do Benfica de “trabalhar” o clássico, entendo que o papel do jornalista não é esse. E sim simplesmente divulgar o que é notícia. Promoção é papel de publicitários, relações públicas e departamentos de marketing.
Só para lembrar: o famoso caso das Ovelinhas, no começo dos anos 2000, envolvendo o atual técnico da seleção Brasileira, Tite e a então direção Gremista, só aconteceu porque os repórteres Luis Henrique Benfica e Diogo Olivier, conseguiram ouvir uma reunião privada entre dirigentes por uma distração do presidente do clube que deixou o celular ligado sobre a mesa depois de atender a ligação de um dos repórteres. Mesmo trabalhando como assessor de imprensa do Grêmio à época, e sabendo dos prejuízos causadas. Reconheci e reconheço até hoje, que o Rico e o Diogo cumpriram com o seu papel.
Gostaria de colocar ainda uma última questão:
Será que Silvio Benfica e Macedo criticaram a postura da rádio gaúcha que divulgou a gravação da conversa entre a presidente Dilma e o Lula? Esta também foi uma conversa entre dois amigos. E obtida e divulgada de forma ilegal.”
FAVORITISMO
O Inter, por jogar em casa, tem um leve favoritismo. Seria um favoritismo maior se o árbitro fosse local (a esse respeito indico a leitura de material publicado no ‘cornetadorw’).
Mas o juiz é de fora, é o Dewson Freitas, que traz doces recordações aos gremistas de todas as querências. Foi ele quem apitou o Gre-Nal dos 5 a 0.
Intrigante a crítica de Leonardo Gaciba a esse árbitro publicada pelo Zini em ZH. Gaciba parece ter esquecido a arbitragem perfeita e tranquila desse juiz no clássico anterior.
Bem, voltando ao futebol em si: se o Grêmio tivesse Geromel na zaga eu colocaria o Grêmio como favorito. A dupla de área com Rafael e Fred tem pouco entrosamento.
Cabe ao técnico Roger Machado proteger melhor seus dois zagueiros. Resolvido isso, é possível vencer, mesmo na casa do rival.
E, se isso acontecer, o Grêmio poderá ressuscitar a velha ‘patrola’ dos anos 90 no Gre-Nal do trator de Argel.