É comovente o esforço do lado vermelho da crônica esportiva AM (Abaixo do Mampituba) para amenizar os efeitos da crise instalada no clube já faz algum tempo e que não parece com jeito de ceder.
Tem um colunista, entusiasmado com o mutirão liderado por FC, que decretou: o Inter não cai mais.
É o tipo de afirmação perigosa, como aquela Taison x Messi.
São os bombeiros tentando apagar o fogo.
A volta de Celso ‘fecha casinha’ Roth deixou muita gente entusiasmada. Tem gente que critica, mas que no fundo, nem tão no fundo assim, adora uma retranca. Faz parte da cultura do nosso futebol.
A cultura dos três zagueiros, dos três volantes, do bico pro alto, da ligação direta, do calção embarrado e do sangue escorrendo na testa.
A cultura do centroavante durão, grande e espadaúdo, que não distingue uma bola de uma moranga. Ah, a cultura do volantão, o cabeça-de-área.
Eu já fui assim, mas fui me reciclando.
Celso Roth é um remanescente dessa época não tão distante. Talvez por considerar que o futebol não mudou dos anos 90 até hoje é que ele não tenha conseguido sucesso nos últimos anos. Desde o fiasco com o Mazembe que Roth vive uma espécie de inferno astral, mas um inferno sempre muito bem remunerado. Sorte dele.
Voltando à crise colorada.
A Justiça determinou que o presidente não antecipe receitas de um período que ultrapasse o da sua gestão, que termina em dezembro.
Ele havia sentado em cima da reforma do estatuto, aprovada faz algum tempo, mas agora ele, o estatuto está valendo.
Crise pouca é bobagem.
Confira: http://gaucha.clicrbs.com.br/rs/noticia-aberta/inter-justica-proibe-piffero-de-antecipar-receitas-do-clube-174059.html
DUELO DE IDEIAS
Eu abri esse boteco para expor minhas ideias sobre futebol, focando principalmente no Grêmio.
Uma espécie de terapia para alguém que ficou tantos anos trabalhando na crônica esportiva, onde eu, por dever de ofício, não poderia fazer o que faço aqui: escrever sem preocupação de manter a isenção clubística, a imparcialidade.
Aqui, eu sou um gremista escrevendo apenas quando quero, quando tenho vontade.
Então, esse boteco é um refúgio. É minha trincheira, compartilhada por muita gente.
A maioria não conheço pessoalmente, mas que já considero pessoas amigas.
Eu nem sempre concordo com o que leio. Sei que muitas vezes os botequeiros não concordam comigo.
Eles também muitas vezes não concordam entre si.
Aí, surge o saudável duelo de ideias.
Por vezes, os ânimos ficam mais exaltados e aparecem algumas ofensas, agressões verbais que em nada contribuem.
O agravante é que esse clima mais tenso acontece entre gremistas.
Todos querem o melhor para o clube, mas cada um a seu jeito.
Espero que os debates continuem, acirrados ou não, mas sempre com educação e respeito.
É o que desejo, é o que espero.