O técnico Roger Machado teria colocado o cargo à disposição depois dos 4 a 0 em Curitiba.
Eu mesmo sugeri, aqui neste espaço, que ele, como bom gremista, fizesse isso para o bem do clube. Roger fez a sua parte. Mostrou que é um bom gremista. O pedido não foi aceito.
Nesta noite, em Campinas, outra atuação deprimente. Levou 3 a 0. Nos últimos cinco jogos, três derrotas fora de casa, sendo que duas por goleada diante de equipes medianas, e dois empates em casa.
Não há nada no horizonte que sinalize para uma melhoria. Nada. Pelo contrário, a maionese desandou. Não tem mais salvação.
E escrevo isso com amargura, porque Roger foi uma luz no cenário de penumbra que vivia o Grêmio na no período Felipão.
Foi com Roger que o Grêmio chegou a empolgar não apenas a torcida gremista, mas todas as torcidas pelo beleza e eficiência de seu futebol.
Provocou muita inveja, muito rancor dos adversários, mas houve também reconhecimento. Não durou muito tudo isso.
Mas durou o suficiente para o Grêmio, com Roger Machado no comando, proporcionar uma das maiores alegrias deste século ao torcedor gremista: os 5 a 0 sobre o Inter.
Então, é com tristeza que vejo o ciclo de Roger terminar.
Não há muito a escrever sobre a derrota diante da Ponte Preta.
Apenas registrar que falta qualidade, mas a qualidade que hoje existe no clube não é inferior a da Ponte Preta, nem a do Coritiba.
Roger Machado, ao que parece, embaralhou suas convicções, não encontrou outros caminhos para superar adversidades e acabou se perdendo nos labirintos que o futebol cedo ou tarde reserva a todos.
Então, no momento em que escrevo, minutos após outra humilhação, Roger deve estar pedindo as contas, agora de maneira mais enfática.
Dificilmente a direção recusará esse pedido.
Uma pena. Mas a fila anda. E no futebol não anda, atropela.