Manchetes positivas não salvam o Inter

Se manchetes, opiniões e reportagens positivas ganhassem jogo o Inter não estaria hoje na zona de rebaixamento, pra onde voltou a quatro rodadas do término do Brasileirão.

O que se vê já faz tempo, e mais ainda nos últimos dias, é uma campanha para melhorar o ambiente no time, sem críticas mais agudas e sempre com um olhar terno, compreensivo e absolutamente positivo sobre o time que faz uma campanha medíocre e com atuações muitas vezes deprimentes. 

Neste domingo, depois de perder para o Palmeiras com uma postura de quem temia ser goleado pelo líder, com um posicionamento medroso, o que se ouviu foi um discurso repetivivo do ‘presidente’ Fernando Carvalho – sim, amigos, os repórteres se dirigem ao líder da ‘suati’ como presidente -, sempre pregando que o Inter não vai cair enquanto o Inter segue caindo, projetando sofrimento até a última rodada como já aconteceu anteriormente.

Pior ainda é ouvir Celso Roth se referindo à campanha como se ele não fosse responsável maior pelos resultados e atuações negativas. Hoje, nenhuma questão sobre Seijas, que continua abandonado quando o time clama por uma jogada de mais técnica e criatividade no meio.

Anderson, personagem principal do time colorado nos últimos dias, voltou a ser titular sem maiores questionamentos. Afinal, depois do soco em Willian ele progrediu – é o que li na imprensa. Nenhuma questão sobre o relacionamento entre ele e Willian.

É evidente que há uma crise forte no vestiário colorado. Uma crise abafada pela habilidade política de FC em criar fatos positivos com ajuda de setores menos críticos da imprensa.

A reação truculenta de Alex ao ser substituído precisa ser esmiuçada. Ele já saiu de campo com a cara amarrada – isso que não estava jogando nada. Mas essa de dar um tapa no copo de água que lhe era gentilmente servido por um funcionário do clube não tem pé nem cabeça. Como se não bastasse ainda disse alguma coisa para o auxiliar de Roth, como quem manda um recado.

Aqui de longe eu suponho que Alex estava irritado com a postura covarde do time, que em alguns momentos chegou a ameaçar o gol. Alex, talvez como Seijas, gostaria de ver um time mais ofensivo.

Mas Roth é Roth. Ainda mais com apoio de FC, outro retranqueiro de carteirinha.

Então, graças a Roth – e a Marinho, que voltou para salvar o Vitória – volto a acreditar no rebaixamento colorado.

Ainda mais se a mídia Abaixo do Mampituba continuar mais ‘preocupada’ com o Grêmio, poupando o Inter de uma ação crítica mais condizente com a realidade atual do clube.

 

GRÊMIO

Penso que o Grêmio deva jogar pensando nos três pontos sobre o Sport nesta segunda-feira.

A ideia do time misto é correta.

O momento é também de testar alguns jogadores jovens, em especial o Lincoln.

O jogo para ser perdido era contra o Vitória, em Salvador.

O negócio agora é ficar entre os primeiros colocados do campeonato.

Afinal, a Copa do Brasil por enquanto é uma perspectiva no horizonte.