Na Libertadores, o Grêmio é assim: ataca, ataca e perde gols. Foram três jogos, os três podem ser resumidos dessa forma. Muito gol perdido. Se os mesmos jogadores marcam quando os jogos são pelo Gauchão, é sinal de que a Libertadores mexe demais com os nervos, até dos mais experientes.
Alex Mineiro, por exemplo, perdeu um gol entrando livre na área e chutando em cima do goleiro. O argentino Paredes, na única chance de gol que teve, em condições muito parecidas com a do experiente Mineiro, desviou do Victor com categoria.
É isso, a palavra é categoria. Falta categoria.
Quando Mineiro perdeu o gol aos 7 minutos do segundo tempo, pouco depois de Jonas desperdiçar outra oportunidade, a TV mostrou Victor esbravejando, soqueando o ar, como num prenúncio de que acabaria sobrando pra ele.
O Grêmio vencia por 1 a 0, gol de Jonas, e o momento era para liquidar um jogo que se mostrava fácil, como os outros dois. Quem não faz leva. Poucas frases sobre futebol são tão sábias, tão verdadeiras.
O empate, o desespero. Jonas foi expulso. Ai, o goleiro falhou. Até ali era o melhor do jogo. Mas o grande goleiro se revela nas bolas defensáveis. Ele não deixa passar uma sequer. Depois, trata de buscas as difíceis e até as impossíveis. Só não pode deixar entrar as fáceis. Ele deixou, na cobrança despretenciosa de Tcheco.
Aliás, Tcheco não estava numa noite boa. Mas no momento difícil, ao contrário de outras vezes, ele cresceu. Diria que ele tranqüilizou o time e comandou a vitória, justo no momento em que eu pensava por que não o Douglas Costa no lugar dele?
Gostei do Souza, do Rever, do Adilson. Foram os melhores do time. Jonas também, mas ser expulso num jogo como esse é uma demasia.
Com os 2 a 1 sobre o Aurora, o Grêmio encaminho sua classificação e talvez o primeiro lugar no grupo.
Agora, é treinar a pontaria e contratar um psicólogo.