Esses assuntos periféricos que só servem para atiçar os lobos vermelhos, alimentar as redes sociais e preencher espaço em programações esportivas estão em segundo plano, ao menos para mim.
O foco agora é na decisão contra o Cruzeiro. Não vamos nos dispersar. Se Luan vai ou não imitar o ex-jogador aquele e se Miller Bolaños um dia voltará a vestir a camisa do Grêmio são questões que preocupam, mas, a meu ver, secundárias para um clube que está a uma vitória e dois empates (simplificando) do hexa da Copa do Brasil.
O que realmente importa hoje é que Luan estará em campo. E melhor ainda seria se o equatoriano estivesse à disposição, com ganas de jogar seu belo futebol, algo que parece cada vez mais impossível. Até Renato que conhece a alma dos boleiros jogou a toalha.
Mas ainda temos Luan. Cada vez mais visado pelas chuteiras do mal sob os olhares negligentes dos árbitros em geral. Luan é o jogador do Grêmio a ser marcado. Todos os treinadores sabem disso. Mano Menezes sabe que o jogo do Grêmio passa pelos pés de Luan, ainda mais se Maicon não jogar. É com Maicon que Luan melhor dialoga, apesar do alto nível do futebol jogado por Arthur e Michel.
Só espero que Mano não ordene que seus jogadores ‘cheguem junto’, expressão aplicada não raro como neologismo para ‘mata a jogada custe o que custar’.
O bom é que Luan não se intimida com as entradas fortes e por vezes desleais mesmo. Quanto mais apanha mais retém a bola, mais provoca e atiça a ira dos marcadores, algumas vezes com dribles desconcertantes.
Se Luan estiver inspirado, acredito até mesmo numa vitória sobre o Cruzeiro, embora o empate seja suficiente – e até derrota por um gol, fora o 1 a 0, que leva aos pênaltis. Não, pênaltis, não. Não merecemos.
Sobre o time que começa, li que há dúvida entre Arthur e Maicon. Arthur está em melhor forma e deve sair jogando.
Agora, não afasto a possibilidade de Maicon começar no lugar de Barrios (sentiu lesão no jogo anterior). A ideia não me desagrada. Seria uma forma de rechear o meio de campo, liberando um pouco mais Luan e deixando Pedro Rocha como válvula de escape.
Os dois formatos me agradam. Ainda prefiro a primeira opção, desde que Lucas Barrios esteja em boas condições. Se ele não estiver 100 por cento, melhor, então, é deixá-lo como alternativa.
Por fim, não há como não confiar num time que desde a CB do ano passado tem mostrado maturidade e qualidade para superar qualquer adversário em território nacional, dentro ou fora de casa.