Numa comparação rápida e rasteira, o Grêmio campeão da Copa do Brasil/2016 era muito superior ao atual, ainda mais se Geromel e Luan não jogarem.
Agora, se a gente for analisar com um pouco de cuidado e profundidade, verá que naquele momento (meses de setembro e outubro), antes, portanto, da conquista histórica, havia muita desconfiança em relação ao time, mais ou menos como agora.
Na quartas, o Grêmio pegou o Palmeiras. Venceu por 2 a 1 na Arena, gols de Ramiro e Pedro Rocha, naquele momento dois jogadores contestados pela maioria da torcida.
No jogo da volta, contra um mistão do Palmeiras, até os 30 minutos do segundo tempo o Grêmio perdia por 1 a 0 e estava eliminado. Minutos antes entrou Éverton – outro criticado por muitos. No primeiro lance, ele causou a expulsão de um zagueiro. No lance seguinte, Éverton recebeu de Douglas, cortou o marcador e fez o gol da classificação.
Detalhe: Éverton substituiu Pedro Rocha. Curiosidade: Lucas Barrios jogou pelo Palmeiras.
Então, esse Grêmio hoje tão festejado, que foi crescendo de produção na reta final, poderia ter morrido ali na arena alviverde. A história seria muito diferente.
O que eu quero dizer é que no futebol a diferença entre a consagração e o fracasso por vezes é pequena, um detalhe.
O time de hoje é também visto com olhares desconfiados, e com razão, como era um ano atrás, sem muita diferença.
De lá pra cá, o vaiado Pedro Rocha (‘o perdedor de gol’, como todos nós o tratávamos, ou já esqueceram?) virou imprescindível, quase craque. Há quem diga que ele é mais importante que Luan para o time. Futebol é apaixonante também por isso.
Pedro Rocha faz muita falta. Faz mesmo. Mas ele sem Luan seria um jogador pela metade. Talvez valha o inverso, quem sabe?
Então, temos hoje um sentimento muito parecido com aquele de antes do jogo contra o Palmeiras, também na Arena. Havia muita esperança, e muitas dúvidas, muito temor.
Havia, ainda, como um fantasma ou uma nuvem escura sobre a Arena, o peso de 15 anos de espera, de frustrações, de decepções.
Hoje, esse fantasma já não assusta tanto, mas deixou traumas que se manifestam em jogos decisivos como esse. Ainda mais diante das circunstâncias do momento, com o time jogando um futebol instável, que realmente não inspira muita confiança (mas era mais ou menos assim também um ano atrás).
Claro, preocupam as possíveis ausências de Luan e Geromel. Qualquer time no Brasil sofreria com ausências desse nível. O Grêmio sente, normal.
Se eles jogarem, acredito numa vitória mais tranquila, mais serena. Sem Geromel e Luan, tudo complica, mas o Grêmio tem condições de se impor com ajuda de sua torcida e garantir a vaga.
Pode ter sofrimento, pode doer, mas depois vai ser bom, muito bom.
Ah, na vida a gente tem momentos em que pode decidir por ser otimista ou pessimista. Estou optando pelo otimismo.
MÍDIA
O Botafogo está usando material publicado na imprensa gaúcha para motivar ainda mais o time. São manchetes e textos que buscam diminuir o time carioca. Alguns desses textos são desprovidos de fundamento, afrontam a inteligência. E passam a impressão de ter unicamente esse objetivo: atiçar o adversário.
Triste, deplorável em todos os sentidos.
PREMIO PRESS
Continua a votação, é simples:
http://cornetadorw.blogspot.com.br/2017/09/a-disputa-e-fortenova-parcial.html