Na rodada em que o Corinthians confirmou a conquista do título do Brasileiro/2017 – com uma mãozinha do Grêmio que optou por focar na Copa do Brasil e Libertadores e cedo colocou a competição em segundo plano – o técnico Renato Portaluppi comandou um treino de luxo na Arena.
Um “treino” importante para o Grêmio, que buscava garantir sua presença na Libertadores/2018 com uma vitória e, principalmente, ajustar ainda mais a equipe para os jogos contra o Lanús.
O Grêmio venceu por 1 a 0, gol do Kannemann – casualmente o único tricolor que escalei no meu time no Cartola, coisa de quem conhece. Antes de seguir, vale a pena lembrar o gol, consequência de uma jogada que o Grêmio não cansa de repetir: alguém recebe a bola enfiada no fundo, dentro da área, e o cruzamento sai rasteiro em diagonal para trás ou mesmo para dentro da pequena área. No caso, Edílson recuado enfiou para Geromel, que cruzou rasteiro. O zagueiraço argentino, que parece gremista de nascença, disputou com a zaga e o goleiro, e a bola acabou entrando.
Conforme observou o Seu Algoz, com quem assisti ao jogo na Arena, Geromel tem se posicionado pelo lado direito do ataque, dentro da área, nas cobranças de falta e escanteio. Isso aconteceu umas quatro ou cinco vezes nesse jogo, culminando com o gol da melhor dupla de área do país.
Foi um jogo morno no primeiro tempo, quase em ritmo de treino mesmo. O São Paulo não querendo se expor muito para garantir o empate, e o Grêmio sem forçar demais. No segundo, o SP aos poucos foi se soltando mais para buscar ao menos um gol. Aí, apareceu de novo Marcelo Grohe.
Mas o Grêmio também atacou. O goleiro adversário fez duas defesas seguidas num lance que teve chutes de Edilson e Ramiro; depois, numa conclusão muito perigosa de Éverton.
Bem, pra mim ficou claro que o time que irá enfrentar o Lanús no primeiro jogo, dia 22, é o mesmo que começou contra o SP. Jailson será titular, assim como Fernandinho.
Em princípio, eu gostaria de começar com Michel, mas Jailson voltou a viver uma grande fase. Não sei como realmente está Michel. Com Jailson o time ganha um cara alto nas duas áreas, a defensiva e a ofensiva. É um detalhe que pode decidir o título.
Fernandinho, que não foi bem nos últimos jogos, mas também não foi a ferida que muitos viram, teve atuação muito boa. Prestei muita atenção na movimentação dele. Realmente, é um jogador muito importante taticamente, e que ainda tem drible e força para superar a marcação e atacar. Éverton não possui a mesma disciplina tática, embora tenha a seu favor mais qualidade ofensiva. Pedro Rocha seria uma junção dos dois.
O “treino” serviu também para Luan ter uma prévia do que o espera. Apanhou muito e em rodízio. Se a arbitragem não coibir a violência com rigor, Luan vai penar.
Por fim, ficou a satisfação de ver o time todo ter uma atuação boa, segura. E tudo isso em ritmo de treino.