Blogueiro dos mais atuantes na defesa do Grêmio – sem perder o senso crítico – e sempre atento aos excessos da mídia esportiva gaúcha, Odorico Roman chegou lá.
E isso dói em algumas pessoas. Os papagaios de dirigentes, ex-dirigentes e aspones de todos os escalões expressam essa dor, esse recalque que machuca a alma, essa inveja que corrói. A ciumeira é grande.
Odorico, o Ico, que eu mal conheço, assumiu o futebol do clube desacreditado. Eu ouvi e li comentários jocosos, duvidando de sua permanência na vice-presidência por mais que dois ou três meses.
Eu mesmo não acreditava que ele fosse dar certo, mas tinha informações que apontavam o contrário. Homem sério, de conduta irretocável, aposentado do Banco do Brasil, Odorico foi ocupando espaços gradativamente.
Discreto, contido, mas sempre firme, mostrou que estava nascendo um bom dirigente para um Grêmio tão necessitado de novos nomes. Todos falam em renovação, mas quando ela começa muitos se opõem. Velhos cardeais se sentem ameaçados. Temem perder o resto de influência que ainda possuem.
A vida é assim, o novo assusta. No futebol não é diferente, e talvez seja pior.
Odorico saiu afirmando que seu afastamento foi por razões pessoais. Não adiantou. Surgiram especulações de todo o tipo. A última, lançada por um cronista esportivo de forma irresponsável – por ser mera especulação -, dá conta que Odorico quis sair por cima já projetando voos mais altos no clube.
Quer dizer, nenhum respeito ao dirigente que em um ano conquistou dois grandes títulos, o que o faz ingressar no pódium dos dirigentes vencedores, onde não há lugar para muitos.
Competência e sorte do novato. Sim, sorte, porque sem sorte ninguém vai a algum lugar no futebol. Odorico pegou uma batata quente, poucos lembram disso. Não se assustou. Enfrentou, aprendeu. Venceu.
Merece aplausos, não especulações rasteiras.
Felizmente, a imensa maioria respeita e admira o trabalho de Odorico Roman, que, se Deus quiser, voltará a trabalhar pelo clube, e não apenas pelas redes sociais.