O pior que se pode fazer ao analisar um time de gurizada é sair por aí fazendo comparação com alguém consagrado ou pelo menos afirmado como bom jogador.
É o caso do Matheus Henrique, o Matheuzinho, autor do gol gremista nesta quarta-feira, na abertura do Gauchão 2018. Já li e ouvi comentários de que ele seria um novo Arthur. Até pode ser que confirme, porque mostrou futebol para isso, mas é um peso a mais sobre os ombros de um jovem que recém começa a buscar o seu espaço.
Arthur, em seus primeiros movimentos no grupo principal, não passou por isso. E só começou a ser comparado ao Iniesta (o que considero um exagero) quando já era festejado como grande revelação do time comandado pelo treinador Renato Portaluppi.
Agora, Matheus tem mesmo qualidades que lembram o Arthur, mas ainda precisa mostrar mais até mesmo para ser aproveitado no grupo principal mais adiante, o que, para ele, já estará de bom tamanho. Aí, então, poderá confirmar se mesmo um novo Arthur, mas nós sabemos que jogadores como Arthur são raros, e não surgem a todo instante.
Por enquanto, fica o registro de que Matheus Henrique foi, a meu ver, o destaque individual no campo pesado e irregular do Sao Luis, no empate por 1 a 1.
Depois dele, cito o zagueiro Mendonça, o volante Balbino e o atacante Pepê. É importante destacar que é um time jovem, com bom potencial, e que pegou uma encrenca logo de cara. Jogar em Ijuí nunca é fácil.
Sobre o jogo, o empate ficou de bom tamanho. O Grêmio foi melhor durante boa parte do jogo, mas o São Luiz foi valente e lutou muito pelo empate. O pessoal reclama de pênalti do Bruno Grassi, que entrou precipitadamente no lance e atingiu o atacante do São Luiz. Houve o choque, mas provocado pelo atacante, que mereceu o cartão amarelo por simulação. Independente disso, o juiz poderia ter marcado o pênalti tendo em vista a forma com que Bruno se jogou. Muito amadorismo.
TV
Assisti ao jogo pela RBS TV.
Quero fazer um apelo ao Luciano, o narrador. Num jogo como esse em que o torcedor fica diante da TV para conferir o potencial dos garotos e dos reforços, é importante acompanhar o jogo e citar os nomes dos jogadores com mais frequência. Evitar, por exemplo, “afasta a defesa” no lugar do nome de quem afastou a bola. O jogo rolando e o Luciano fica falando de outras coisas em vez de citar quem está com a bola, que driblou, quem cruzou, etc.
Fica a crítica construtiva.