O time B do Grêmio, no papel, é superior ao do Botafogo. Mesmo considerando a falta de entrosamento, que não pode ser tão grande porque eles, os reservas, jogam juntos nos treinos, é difícil entender por que o time jogou tão mal no primeiro tempo, com alguns espasmos de qualidade.
No segundo tempo, o nível do jogo caiu, mas ainda assim o Grêmio teve chances de fazer o segundo gol. Havia a sensação de que a virada poderia ocorrer, era uma questão de detalhe, de acabamento da jogada. Mas quem acabou marcando, diante da ineficiência tricolor, foi o Botafogo, já no apagar das luzes como diziam os narradores do passado, logo após duas jogadas fortes do Grêmio.
Bem, não gosto de individualizar, mas uma coisa é certa: Marcelo Grohe não teria levado os dois gols que Paulo Vítor. A desculpa é falta de ritmo de jogo. Tudo bem, também é isso, mas há mais: Grohe é muito mais goleiro. O Grêmio não tem um reserva do tamanho do titular. Mas quais times contam com dois grandes goleiros? São raros.
Ainda no terreno da individualidade, Bressan demorou mas acabou dando uma entregada no final com aquela tentativa de afastar a bola com o peito, originando escanteio e fortalecendo a pressão final dos cariocas. E tem ainda o Marcelo Oliveira, de novo atabalhoado demais.
Luan foi jogado às feras. Sem Maicon e Arthur para dialogar, fica complicado pra ele. Mesmo assim, fez algumas boas jogadas e mais uma vez foi caçado no tornozelo.
Resumindo, o Grêmio perdeu um jogo em que poderia ter vencido, mas cujo resultado mais justo seria o empate.
O Grêmio patina no Brasileirão, mas ainda tem muita água pra rolar. É cedo para limpar o pó das cornetas.