Tabela 5 na Arena e outro show de Maicon e seus companheiros

O Santos tem um time competitivo, em condições de brigar por vaga na Libertadores/2019. Pois o Grêmio não deu bola (literalmente) para o adversário, como tem ocorrido.

Não importa o time que está do lado oposto, o Grêmio do Professor Renato Portaluppi joga da mesma forma. Nem o local do jogo, tendo um gramado que não atrapalhe ou prejudique o espetáculo. Foi outra apresentação de gala.

O Grêmio não precisa mais do que um bom gramado para dar o seu show. Se for na Arena, então, tudo se encaminha para um show apoteótico.

Neste domingo aconteceu de novo. Depois do show contra o Cerro Portenho, adversário que alguns invejosos, recalcados e/ou neófitos em futebol tentaram diminuir, com goleada de 5 a 0, mais uma vez ‘os três tenores’ (Luan, Maicon e Arthur) e seus companheiros, aplicaram a tabela 5, batendo o forte do time Santos por 5 a 1, e até poderia ser mais.

A esperança gremista – e o temor colorado – agora é que a tabela 5 se repita no Gre-Nal, sábado próximo, na Arena, que hoje tem uma equipe à sua altura.

Quem olha esse placar coruscante (há horas que eu queria usar esse adjetivo tão empregado pelo coruscante colunista David Coimbra), imagina que o jogo foi moleza.

Sim, a partir do terceiro gol tudo ficou muito fácil. Mas foi um parto abrir o placar. O Santos, fechadinho como uma ostra – repetindo estratégia de seus antecessores – marcava bem, congestionava a região onde o Grêmio mais trabalha a bola, na intermediária oposta.

O gol sairia de qualquer forma, tamanha a superioridade tricolor, mas foi preciso o capitão e maestro do time, Maicon, fazer o primeiro gol, logo ele que raramente marca. Foi um golaço de fora da área. Foi um foguete com efeito ‘afastante’ do bom goleiro Vanderlei, até encontrar o ângulo superior esquerdo.

Na jogada seguinte, a torcida ainda comemorando, o Santos achou um gol, e por detalhe não foi para o intervalo com um empate. Mas aí apareceu Luan para lançar Léo Moura pela direita, cruzamento rasante nos pés de Éverton, que livrou-se da marcação e chutou cruzado: 2 a 1.

Éverton=Seleção

Aliás, a cada jogo, Éverton mais faz por merecer a seleção brasileira, tese que defendi aqui, isoladamente, há um mês – provocando risinhos – e que já faz alguns dias angariou adeptos, inclusive entre jornalistas do centro do país (aqui nem tanto).

No segundo tempo, Maicon, maior destaque em campo, cobrou falta sofrida por Éverton na risca da grande área. O volante/meia bateu sem chances para o goleiro e ampliou para 3 a 1.

O quarto gol começou com um cruzamento de Ramiro (levou um cartão amarelo bobo e está fora do clássico), que encontrou Luan no lado esquerdo. Ele desviou do goleiro e encontrou os pés de André, que havia desviado de cabeça o cruzamento de Ramiro enganando a defesa.

A partir daí me deu uma certa peninha do meu time fora no RS. Mas ao ver a cara fechada, e abatida, de Sasha voltei a querer mais.

O quinto gol foi marcado por outro expoente do time. Arthur recebeu de Éverton na entrada da área, ergueu a cabeça e chutou colocado no canto esquerdo: 5 a 1.

Seleção

Fosse um pouco mais jovem, Maicon poderia disputar um lugar na lista de Tite para disputar a Copa.

Na verdade prefiro que nenhum seja convocado, ou no máximo um ou dois.

Meu temor é que Tite convoque Geromel, Luan e Éverton para o Mundial.

Agora, na lista dos 30, tem lugar para Maicon, Arthur e Grohe.

Enfim, mais da metade do time titular.

Mais um indicativo de que temos aqui, bem pertinho, o melhor time do país, e maior favorito ao título do Brasileirão.

Flamengo

Assisti a quase todo o jogo entre Flamengo e Inter. O Flamengo é uma esculhambação tática. Tem algumas individualidades interessantes, e só por isso ganhou do esforçado Inter.

Flamengo vai lugar no máximo por vaga na Libertadores. O maior adversário do Grêmio é o Palmeiras, ao menos por enquanto.

Técnicos 

Fernando Diniz foi batido em casa pelo Palmeiras. Jair Ventura levou 5 do Grêmio.

Os dois são queridinhos de muita gente. Pra mim são apenas o que são: dois técnicos promissores, nada além disso.

Se eu tivesse que ficar com um deles, escolheria Fernando Diniz, pelo bom e diferenciado trabalho no Atlético PR.